Capítulo °22

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No dia seguinte, a rotina foi a mesma como de costume, Levi me encontrou próximo a minha casa, fomos para o colégio onde lá, encontramos Taylor, a diferença desse rotina, é que Levi fez alguns novos amigos de outras turmas, claro que, isso é bom, pelo menos para ele é, eu já não sou desse jeito de modo que socializo com outros, mas ele estava feliz e sorrindo e eu estava feliz por ele estar conhecendo outras pessoas, e isso não impedia ele de estar comigo, ele ainda ficava comigo nas aulas e no intervalo, e todos os dias tentávamos bolar algo legal para fazermos no fim de semana.
As aulas foram bem tranquilas hoje pela manhã, alguns professores estavam ausentes, o que resultou em aula vaga, na hora do intervalo estávamos sentados na mesa onde costumamos nos sentar todos os dias, enquanto comiamos, Taylor desviou o olhar para o meio do pátio e disse:

— Chase não para de olhar para cá, na verdade, ele está encarando a gente desde ontem — Ela comeu uma batata.

— Eu não estou dando a mínima para o que ele tá fazendo — Disse eu.

— Ele deve ter um crush por você, vai saber — Brincou Levi, Taylor caiu na gargalhada.

— Eu odeio vocês dois! — Sorri para eles.

— E então, qual vai ser a boa do fim de semana? Eu particularmente não tô nem um pouco afim de ficar em casa. — Perguntou Levi.

— Vai ter balada no hot night na sexta à noite, eu estava querendo ir, faz muito tempo que eu não vou lá — Taylor deu a ideia.

— Curti, eu gosto de ir lá também, Kevin e eu fomos na semana passada.

— É muito bom, não é? Preciso encher a cara até esquecer o meu nome! — Ela fala passando a mão em seu cabelo, como se estivesse sentindo a necessidade de beber.

— Eu já disse que gostei dela? — Levi sussurrou para mim enquanto sorria.

— Bom, então marcado, sexta a noite vamos para o hot! — Afirmei.

— Graças a Deus! Eu vou voltar pra casa louca! — Ela se levantou pegando a bandeja enquanto sorria, fizemos o mesmo, as aulas finais também foram bem tranquilas, quando saímos do colégio, me despedi de Levi e Taylor que pegaram rumos diferentes, a Dreamer não era tão longe, portanto, ir andando não era um problema, e além do mais, o dia não estava tão quente como foi os últimos dias, o centro da cidade é uns 30 minutos do colégio, assim que cheguei lá, olhei para cima e vi como aquele logo parecia mais feio de perto, suspirei e entrei, fui até a recepção onde lá, uma mulher me atendeu e foi super gentil, ela liberou o meu acesso e eu fui para o elevador subindo para o décimo terceiro andar, as portas foram abertas e eu busquei pela sala A2.

Assim que a encontrei, havia mais três outros rapazes lá, todos eles não aparentavam nem ter mais do que 20 anos, estavam bem vestidos até, e apenas um deles estava trajado com terno e gravata, me sentei e esperarei que algo acontecesse, pego o meu celular e vejo uma mensagem de Levi:

— Se estiver no tédio hoje a noite, topa vim aqui em casa jogar videogame?

Eu nem sabia que ele tinha um videogame pra começo de conversa.

— Em primeiro lugar, eu não sabia que você tinha um videogame, e em segundo, você sabe que eu moro em uma fortaleza cercado por monstros que eu chamo de pais, né?

— Eu sei, mas eu me lembro que você consegue sair pela janela.

E ele me fez perder o argumento, sair de casa escondido sempre foi um risco, apesar de meus pais nunca terem me visto, isso não justifica que isso ainda pode ou não acontecer.

— Tá, beleza, você vai ter que me encontrar em algum lugar por que eu não faço ideia de onde você mora.

— Não dá nem 10 minutos da sua casa, Kev haha.

— Fechado, estarei aí mais tarde.

Coloco o celular no bolso e voltei a ficar esperando, logo uma porta dentro da sala foi aberta e um homem saiu de lá de dentro, ele era alto, musculoso e usava uma camisa polo preta, uma calça jeans clara e um sapato, tinha uma barba cheia que preenchia o seu rosto e era bem desenhada, o cabelo era curto e penteado para o lado.

— Boa tarde rapazes! — Ele disse, assentamos — Eu me chama Caleb Black, eu sou o dono e fundador da Dreamer Studios.

Meu deus! Agora meu medo é mais real do que antes parecia ser coisa pequena, se ele fosse apenas um estagiário do RH seria perfeito, mas não, é o próprio dono da empresa! Ele perguntou os nosso nomes e disse:

— Vou chamá-los um por um, ok? — Logo ele chamou o primeiro rapaz, era o de terno, ele se levantou e entrou na sala, essa visita está mais parecida com uma entrevista, e não demorou muito, foi coisa de 15 minutos, bem rápido até, logo chegou a minha vez, levantei-me e entrei na sala, os outros meninos já haviam ido embora, naquela sala havia uma mesa com um notebook em cima, e duas cadeiras, havia uma decoração bem bonita e estilosa lá, grandes janelas mostrando a vista da cidade e a praia no horizonte.

— Por favor, Kevin, sente-se. — Disse o homem, me sentei em sua frente, ele começou a mexer no notebook.

— Bom, vamos lá, antes de irmos ao ponto eu vou ser bem curto e direto.

— Tudo bem, vamos lá — Assentei, não parava de tremer as pernas de tanto nervosismo.

— Eu pessoalmente escolhi cada um de vocês para estarem aqui hoje, analisei os trabalhos e avaliei, os quatros primeiros antes de você me apresentaram bons projetos, mas nenhum deles chegou perto do seu. — Ele arqueou a sobrancelha, eu por um outro lado fiquei tão paralisado e em choque que não sabia o que dizer.

— Ahn... O... O meu? — Gaguejei.

— Exato! O seu projeto, Kevin, você não me enviou só 5 logos, você me enviou 5 vezes em que eu fiquei quebrando a cabeça em qual escolher — Ele sorriu — Eu pedi uma única coisa, e você entregou muito mais do que eu pedi, isso só mostrou o quão curioso e ousado você é, os outros me entregaram projetos tão... Rasos e sem vida, não me agradou, portanto, meus parabéns, Kevin, você foi aprovado!  — Ele me estendeu a mão, eu o apertei, completamente sem reação, mas eu estava feliz, e não sabia como demonstrar isso.

— Poxa, eu... Eu nem sei o que dizer. Eu fico muito feliz com isso! — Disse sentindo uma onda de calor subir pelo meu corpo.

— E deve ficar muito feliz, você se destacou, Kevin, e você será recompensado por isso, no entanto, eu tenho uma ótima proposta para te fazer.

— Claro, pode falar! — Eu estava tão contente que parecia ser algum tipo de sonho lúcido, era a primeira vez que meu trabalho fora tão bem avaliado, ainda mais por uma empresa tão grande.

— Eu estou buscando alguém para atuar no meu setor de publicidade, o que me diz? Aceita o emprego?

Se eu Ficar? Vol.1 (Concluído)Where stories live. Discover now