Capítulo 31 | Anna

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Pensa em alguém puto da vida!!! Não, não é o Léo, sou eu mesmo. Que caralho. Estava tão ensandecida com a situação, que já tinha mandado para o espaço todo o meu preconceito de transar nestes dias vermelhos e deixaria ele me comer do jeito que ele necessita. Não estava nem pensando mais onde eu estava, só queira senti-lo desesperadamente dentro de mim e o que acontece? Somos pegos com a boca na botija, literalmente... Ainda bem que não era a minha boca, né? Senão a situação seria muito mais constrangedora.

Ficamos tão desnorteados com a situação, que permanecemos inertes por um bom tempo, sem conseguir nos mexermos. Só conseguimos voltar para a realidade quando nossos batimentos cardíacos começaram a voltar ao normal.

- O que foi isso? Me fala que isso não aconteceu?

- Gostaria muito, mas aconteceu linda.

- Que vergonha!! Ela com todo o discurso de que eu sou menina direita e em poucos minutos me encontra quase que totalmente despida, com o filho dela entre as pernas. Como vou olhar para a cara dela novamente? Ela vai me odiar...

- Eu que vou odiá-la se ela ficar histérica deste jeito cada vez que você vier. – fala com uma certa irritação na voz, aposto que também está puto com a situação.

- Não, deixa pra lá, vai!! Melhor a gente seguir com o plano de esperar... Melhor mesmo é você dormir no quarto com ela...

- Tem certeza?

- Não, mas...

- Estava tão bom, beijar seus peitos... – fala e faz charminho.

- Você terá muito o que beijá-lo.

- Delícia...

- Agora vai seu safado... – ele dá mais um beijo em cada seio e levanta, indo para o quarto da mãe.

Ele sai, eu coloco minha roupa e vou para debaixo das cobertas. Fecho os olhos e tento me forçar a dormir, mas nada acontece. Viro de um lado, viro do outro e nada. Resolvo levantar e dar uma volta pelo quarto, para olhar as coisas dele na mesa. Nada demais. Tento abrir as gavetas, vai que eu acho algo de comprometedor... Ah vai, que pessoa resiste a uma espiadinha? Mas não tem nada demais, apenas uma caixa cheia de camisinhas... Filho da mãe, acho que vou contar e depois de um tempo voltar aqui para ver quantas tem. Mas desisto, ele passa tanto tempo comigo e se ele fizer algo de errado, com certeza vou descobrir.

Tento voltar para a cama, mas continua difícil pegar no sono. Me acostumei a dormir com ele. Que droga. E ele está lá.

Depois de um tempo brigando com a cama, resolvo mexer no meu celular, entro nas redes sociais, mas nada que me atraia. Já é uma hora da manhã e nada do sono vir... Resolvo mandar uma mensagem para ele.

"Não consigo mais dormir sem você do meu lado".

Não se passa nem um minuto inteiro e ouço um barulho em minha porta. Ele aparece lindo, todo despenteado, andando sorrateiramente. Deita comigo debaixo das cobertas e sussurra em meu ouvido:

"Eu também não"

Me abraça por trás e em poucos minutos pego no sono.

ACORDO COM O alarme do meu celular, ele já não está mais na cama, provavelmente está tomando banho. Arrumo minhas coisas e desço para a cozinha. Não tem ninguém, ótimo, não sei como iria me comportar em ver a mãe dele depois de tudo o que aconteceu.

Ledo engano, pois ela aparece na porta, com uma sacola de pão.

- Bom dia, Anna! Dormiu bem?

- Bom dia, é... sim... dormi.

WAKE ME UP  | ONE (Disponível 01/09)Where stories live. Discover now