WAKE ME UP | ONE (Disponível 01/09)

Capítulo 37 | Anna

- MAS QUE PORRA MAIS FODIDA É ESSA, ANNA? – Léo grita.

- O que??? Eu não sei!!!

- Não acredito que você fez eu vir aqui para ver esse filho da puta! – ele grita tão alto, que o trio ouve mesmo que a música tenha voltado a tocar.

- Léo, pelo amor de Deus, acredita em mim, eu não sabia...

Ele sai muito puto, está duas vezes mais nervoso do que o dia da sua mãe, não imaginei que isso seria possível. Eu corro atrás dele, não posso deixar ele pensar que vim aqui por causa do Trevor... Filho da puta desgraçado, estava achando muito estranho aquele convite com tantas regalias, só pode ter sido ele.

Alcanço o Léo e ele já está no bar, pedindo outro copo daquele negócio forte. Ainda bem que o trio veio atrás de mim, elas estavam junto quando eu recebi aquela mensagem, viram que eu também achei estranho.

- Léo, por favor me escuta....

- Espera, eu preciso respirar, não consigo respirar... – ele fala e dá um longo gole na sua bebida que provavelmente desce rasgando, pois ele contrai toda a cara. Respira fundo umas dez vezes, acho que conta em pensamento, para conseguir coordenar os pensamentos e eu espero quieta, pois sei que o melhor não é confrontá-lo quando está tão nervoso.

Tento tocá-lo, mas ele se afasta demonstrando que ainda não está pronto. Eu começo a entrar em pânico, para mim o Trevor já era página virada, apesar do Léo sempre arranjar alguma coisa que me fizesse lembrá-lo. Mas que merda, este fantasma insiste em ser revivido.

Pego o copo da sua mão e dou um gole, afinal também estou precisando me acalmar, minha vontade era de procurar o babaca e dar um tapa na cara dele, mas minha prioridade é o Léo.

Acho que se passa quase 10 minutos para que eu consiga tocá-lo. Então me encorajo a tentar falar...

- Léo, é você que eu quero... Por que eu iria trazer vocês aqui para ver esse filho da puta?

- Eu não sei... por talvez ainda não ter esquecido...

- Para mim este caso já está morto e enterrado, desde quando você largou tudo para estar do meu lado. Desculpa, mas você que insistem em tocar no nome dele.

Eu o abraço com toda a força que eu consigo, como se com este abraço eu fosse capaz de tirar toda a confusão da sua mente. Confesso que no começo eu realmente ainda tinha uma certa dúvida se eu deveria ir atrás do Trevor e tentar algo, ainda mais depois da última mensagem sem um ponto final. Mas depois de tudo o que o Léo me fez, não tem como ter dúvida... O Léo é o único que eu amo.

Por fim Léo enlaça seus braços em minha cintura e enterra seu nariz em meu pescoço, inalando profundamente meu cheiro. Levo minhas mãos em seu rosto para fazer com que ele me olhe, então aproximo nossos rostos, quase ao ponto de tocar meu nariz na ponta do seu.

- O que eu preciso fazer para te provar que o que eu sinto por você é tão forte que chega a me assustar, nunca senti algo tão intenso e puro por ninguém e tenho certeza que nunca mais sentirei isto novamente.

- Oh linda!! Eu te amo tanto.

- Eu também, então por favor, não deixe que um infeliz deste estrague nossa felicidade... Se ele sentisse pela noiva o que nós sentimos, nunca colocaria uma terceira pessoa no relacionamento. A princípio fui vítima, tudo bem que depois persisti no erro, mas deixei claro o que eu queria, ou o que eu não queria.

- Você está certa, linda. Não posso deixar que ninguém interfira na gente. Mas onde está esse filho da puta?? – fala olhando ao se redor. – Quero ter uma palavrinha com ele.