Capítulo 67 | Anna

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Minha mão coça tanto de vontade de acertar a cara desta vaca!!! Como assim?? Aquela boca gostosa é minha!!! Respiro fundo umas quatro vezes, afinal a Dona Lourdes está bem próxima e não quero estragar o aniversário dela. Lanço um olhar fuzilante para o Léo que ele até se assusta, então respondo para a vaca:

- Desiste queridinha, ele não é para o seu bico. – falo e me viro para ir embora.

- Não seria melhor deixar ele decidir isto?

Ahhh, aí já é demais!! Viro com tudo para partir para cima dela e só consigo dar um mísero tapa no rosto dela, porque o Léo entendeu meu olhar e veio no mesmo instante e, portanto, me segurando para que eu não estapeasse mais essa puta do caralho. Não sou santa, mas nunca furei o olho de ninguém - não por minha opção – sou adepta do: Não façam com os outros o que você não quer que façam com você. Agora vem esta desclassificada, dizendo que quer meu homem... Ahhhh aí já é demais.

- Anna, o que está acontecendo aqui?? – ele me abraça, procurando minha boca para um beijo. Bom mesmo, deixa eu marcar o meu terreno.

- Vou te explicar: Esta mocinha aqui, veio perguntar se podia beijar sua boca gostosa, pois parece que o senhor já pegou todas as amigas dela que por acaso deram boas referências suas.

Ele me abraça como se quisesse me proteger e diz para a garota:

- A única boca que eu quero beijar é da minha mulher, então melhor você não se aproximar novamente. Aproveita e fala para suas amigas, que não estou disponível para mais ninguém.

- Você tem certeza? Se quiser podemos ficar nós três juntos? – ela fala com uma cara totalmente safada e ainda por cima olha sensualmente para mim. O que é isso?? Esse povo está perdendo a noção... Tento me desvencilhar, pois minha vontade era de socar a cara desta idiota, mas Léo me segura:

- Sai fora daqui garota! E faça um favor, não nos procure mais.

- Ok, ok. Não está mais aqui quem falou... Mas se um dia você mudar de ideia, terei o prazer de te dar prazer.

Me desvencilho do Léo e subo as escadas. Preciso respirar, estou muito puta da vida!!! Minhas mãos tremem tanto, aliás meu corpo todo está tremulo. Que ódio desta piranha assanhada.

Quando termino de subir as escadas, encontro a mãe dele me esperando. Por uns minutos esqueci que ela estava aqui.

- Tudo bem Anna? O que aconteceu, menina? Por que estava tão nervosa com aquela moça?

- Por que a senhora tem um filho muito gostoso, que já distribuiu seu mel para várias mocinhas aqui no recinto e está doida veio me perguntar se ela podia pegar ele. – imagino que não precisava jogar tudo assim na cara dela, mas foi mais forte do que eu... Enquanto isso Léo, tenta me pegar pela cintura.

- Nossa... Mas tem cada menina malcriada... – ela responde inocentemente.

- Anna, por favor não deixe que isto estrague nossa noite. É você quem eu amo, é você que eu quero ficar pelo resto da minha vida. Não leve em consideração o que ela falou...

- Eu sei... mas é difícil... Por favor preciso de um tempo para respirar. Vou ao banheiro e já volto.

Termino de falar e me encaminho para o banheiro. Preciso respirar fundo por algumas vezes para tentar me acalmar e sei que se ficasse do lado dele, não conseguiria. Depois que entro, fico me olhando no espelho, não posso deixar que isto abale nossa relação. Afinal todos têm um passado e ele já teve que aguentar alguns meus, aliás está tendo que aguentar até agora. Droga. Por que o passado não fica no passado? Não é por isso que ele tem este nome? Estou com uma vontade enorme de tomar algo bem forte para ver se eu me acalmo, mas sei que não devo. Primeiro por saber que estou nervosa e quando isso acontece eu perco a noção do que é certo. E segundo porque tive uma bela lição no dia que parei no hospital, não quero que isso volte a acontecer nunca mais. Conto até mil, troco algumas palavras com a tiazinha do banheiro e resolvo sair.

WAKE ME UP  | ONE (Disponível 01/09)Where stories live. Discover now