Louis' POV.
- Boo, hora de acordar. - Minha mãe me chama, mas eu continuo de olhos fechados. A indisposição não me deixa sair do quarto, mesmo que eu já tenha acordado faz algumas horas. - Eu sei que você não quer, mas precisa sair desse quarto abafado e ir comer um pouco. A sua amiga Jade ligou e alguém chamado Niall também. Você o conhece?
- Amigo do Harry, o que ele queria? - Pergunto sem tirar a cara do travesseiro, virado de costas para ela. Sua mão começa uma carícia suave na minha cabeça e o pensamento de Harry faz o meu coração doer.
- Ele queria saber se o Harry tinha tentado vir aqui porque a mãe dele não o encontrava em lugar nenhum. - Ela tem um tom preocupado, mesmo que eu tenha apanhado dele. Não deve ser fácil saber que o filho da melhor amiga dela bateu no filho dela.
- Tomara que ele tenha bebido de novo e tenha sido atropelado. - Digo com raiva, ouvindo o som horrorizado que ela solta. Definitivamente não é coisa minha desejar mal para alguém, mas Harry me decepcionou muito. - Desculpe por isso.
- Eu entendo você, mas também entendo ele. Harry é um bom menino, sempre foi. - Ela, como de costume, está sendo benevolente e eu realmente queria ser mais parecido com ela nesse aspecto. A curiosidade matou o gato, mas ninguém falou nada sobre matar o ômega.
- E o que aconteceu com Harry? Digo, para onde ele foi? - Questiono finalmente me virando para ela, encontrando seus olhos azuis cheios de algo como pena. Começo a imaginar o pior quando ela não responde e ao invés disso, pega a minha mão. - Eu sei que acabei de desejar que ele tenha sido atropelado, mas não é como se tivesse acontecido, não é?
- Não, se acalme. - Ela pede e eu respiro aliviado, mas continuo olhando fundo nos seus olhos cheios de tristeza. Seu suspiro delicado parece carregar um grande pesar e eu tento controlar o meu coração, que a cada segundo bate mais forte. - Anne disse que ele piorou depois que você foi embora, ele... tem problemas de raiva e quebrou a academia inteira. Ela achou que ele tivesse feito alguma coisa do tipo durante a noite de novo e é preocupante porque ele se machucou bastante, mas nada tão sério. Ele não conseguia dormir, aparentemente, e foi dormir no carro.
- Por que ele dormiria no carro? Ele é gigante, nem caberia lá, em primeiro lugar. - Mesmo que ele tenha me machucado e sido extremamente grosseiro, não posso evitar em sentir pena ao ouvir suas palavras. Meus olhos se encharcam com as lágrimas, sem nem ao menos saber o porquê.
- Ele disse que lá tinha seu cheiro. - Ela parece entristecida ao dizer isso, tocando minha bochecha com a mão livre. Suspiro para tentar controlar a respiração que já volta a se tornar trêmula e forço um sorriso.
- Você pode sair, por favor? Eu juro que vou comer depois. - Peço com esforço e ela assente, se abaixando para me dar um beijo na testa. Fecho os olhos quando ouço o som da porta, colocando a costa da mão na boca para abafar os gemidos do choro.
Não é justo que Harry me bata, quebre um cômodo todo da sua casa, durma no carro, diga que é por causa do meu cheiro e então eu sinta pena dele. Eu deveria ter pena de mim mesmo e não dele, um mimado surtado que não sabe ouvir a palavra não. Estava decido a temer a ideia de estar perto dele de novo quando fui dormir e qualquer conclusão que eu tenha tirado, acabou de ir pelo ralo.
Encaro a marca deixada por sua força em meu pulso e tento sentir raiva, mas não consigo. Sempre soube que era um idiota, só não esperava que fosse me render problemas até mesmo físicos. Eu me entendo comigo, mas isso é ingênuo demais.
Após me acalmar e tomar um banho, me coloco em uma roupa quentinha e pego meu celular. Nunca me senti tão pequeno, impotente e entristecido quanto agora. A única coisa que eu realmente quero é esquecer que o dia de ontem sequer aconteceu.
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Hayran KurguSEGUNDA TEMPORADA JÁ TÁ DISP. NO PERFIL Encontrar. Era tudo o que Harry precisava fazer, literalmente. Alfa lúpus de boa linhagem, 18 anos, popular e o bom e velho clichê dotado para o futebol. Rico, bonito, destinado a ser ainda mais forte. Nada...