40. O Toque De Midas.

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- Então, assinar está totalmente fora de cogitação? — Zayn me questiona enquanto eu digito rapidamente os detalhes da minha inscrição para Harvard. Vou me inscrever em Yale e Brown também mesmo não estando mais com Louis, porque não existe a mínima chance de que eu vou aguentar ficar aqui um ano inteiro caso não entre em Harvard. Meus pais me fariam me arrepender das minhas escolhas tão profundamente que eu teria que me mudar.

Louis continua sendo meu concorrente e um concorrente com as mesmas chances que eu de ir para a faculdade dos meus sonhos.

- Claro. Pelo amor de deus, você acha que eu não sei que é isso tudo o que ele quer para ficar feliz? — Respondo e ele dramaticamente se joga na minha cama. — Eu sei que você tem falado com ele ultimamente, Liam também tem. Eu realmente não ligo, mas não finja que não está dando a razão toda para ele.

- Você meio que prendeu ele à você e agora está vivendo sua vida e ele não pode fazer mesmo. É ridículo. — Sua voz permanece inalterada e eu agradeço sua calma, porque eu perdi a minha totalmente. Dr. Thompson deve estar com muita raiva de mim agora; eu não fui às consultas o mês inteiro.

- É claro que ele pode fazer o mesmo. Meu pai muito provavelmente já se voluntariou para forjar minha assinatura, eu conheço aquele velho. — Bufo, porque eu acho que era isso que minha mãe estava falando no telefone ontem à noite, depois que Sam dormiu. Foi estranho ter outra pessoa que não fosse Louis dormindo aqui e eu tive medo de que fosse dizer o nome dele enquanto dormia, mas não aconteceu.

Eu precisava de companhia. Louis tem companhia. Eu não consigo deixar de pensar que enquanto eu estava aqui apodrecendo dentro de casa, ele esteve mentindo para as pessoas na companhia do merda do Michael.

Eu sinto falta dele e o odeio na mesma medida, atualmente. É difícil processar, é uma mudança muito grande para mim, como cair de uma nuvem. Eu costumava dizer que ele me trazia um senso de paz que eu nunca tinha sentido antes e era verdade, mas eu nunca me senti tão fora de controle e eu o culpo por isso. Claro, a minha vida não era perfeita até ele chegar e eu carregava dentro de mim a impressão de estar procurando por algo que eu temia não achar, porém, eu estava contente o suficiente com o rumo que as coisas estavam tomando – eu teria Harvard, minha família e muitos amigos para me fazer companhia.

Eu vi como as coisas podiam ser boas e me apaixonei tão rapidamente que esqueci que nunca poderia fazer isso outra vez. Dizem por aí que eu amaldiçoei Louis ao prendê-lo à mim, mas o verdadeiro feitiço está nele porque ele é a primeira e última pessoa que eu vou amar. A merda não é nunca mais poder amar alguém como eu o amo; é querê-lo de volta e saber que provavelmente sempre vou querer, mesmo com todos os entraves.

- Seu psiquiatra ligou. — Minha mãe aparece na porta do quarto com seu telefone na mão. Ela olha de Zayn para mim e depois entra no quarto. — Ele disse que você não vai lá há um mês.

- É verdade. — Digo quando vejo que ela não tem intenção de sair ou terminar essa conversa.

- Você sabe que precisa disso. Se não for lá hoje mesmo, eu vou ligar para o seu pai. Melhor ainda, vou pegar tudo o que você tem eu mesma. — Ela ameaça e eu não sei dizer se é verdade ou não porque não estou acostumado a ser castigado. Eu geralmente não faço merda e continuo fazendo merda.

- Tipo o que? — Pergunto de verdade.

- Tipo o seu carro, seu cartão, seu dinheiro, seu telefone. Seus cheques. — Ela enumera com os dedos, tentando pensar em coisas que eu preciso. — Seu computador, seu videogame.

- Tá bom, tá bom, eu já entendi. —Levanto minhas mãos para o alto em rendição e ela se vai, os saltos batendo no chão. Zayn começa a rir e eu me junto à ele pelo que parece a primeira vez em um século.

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