32. Aproveitando O Momento.

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Harry's POV.

Quando acordo para a aula na segunda feira seguinte, me sinto melhor do que já me senti em tempos.

Não vejo Louis desde a nossa conversa na quarta feira, mas passamos todo o tempo possível nos falando pelo celular e isso é bom. Ele realmente procurou ajuda e prometeu me contar tudo sobre isso hoje à noite, quando formos jantar juntos em um restaurante italiano. Me dei conta ao longo da semana que nunca tivemos um encontro de verdade, do tipo em que eu me visto bem e vou até a sua casa para buscá-lo e asseguro sua mãe de que sou um bom rapaz, então fiz todos os arranjos e convidei o ômega de olhos azuis.

Considerei esta situação como um marco inicial da nossa nova fase e me sinto contente com a minha nova perspectiva otimista em relação à vida no geral. Nunca antes tinha sentido como se querer fosse poder, porque nunca o meu querer foi o bastante e isso costumava tornar as coisas vazias; não havia um ponto em tentar e me dedicar se o querer nunca me levava a nada. Talvez por isso falar sobre Harvard com Louis não tenha me ocorrido - é um grande querer meu e eu tinha medo de soar bobo.

Meu psiquiatra acha que eu fiz um grande progresso no último ano e meio, me tornando mais capaz de controlar meu temperamento. Eu acho que tantos anos de acompanhamento psicológico serviram para mais do que isso: tenho consciência de que falo como um homem de 30 anos na maior parte do tempo, mas é algo positivo. Espero que Louis encontre o que está procurando ao pedir ajuda para o seu próprio temperamento e além, assim como eu.

- Esse frio me faz ter vontade de nunca mais sair de dentro da casa. - Reclamo enquanto ando para a sala de jantar, consciente da presença dos meus pais. Já não está mais nevando, mas continua frio o suficiente para que eu precise pegar um sobretudo mais grosso e uma jaqueta ao invés das minhas habituais blusas de estampas.

- Você já ficou aqui dentro mais que o suficiente, estamos cansados de tê-lo aqui o tempo todo. - Minha mãe responde ao que eu me sento na mesa, me servindo de café preto e uma rosquinha doce. Ela sorri para mim e aponta o meu primeiro remédio do dia, mas eu estranho o comprimido.

- Vocês são do mal. Compramos o certo? O que eu costumo tomar é um pouco maior, não? - Seguro a pílula na minha mão, esperando qualquer comentário. Este com certeza não é o meu remédio comum.

- Este é o mesmo de sempre, apenas em uma dosagem menor. Seu médico ligou e disse que este deve bastar agora, Harry. - Meu pai diz e eu sorrio grande, feliz por não ser apenas uma coisa da minha cabeça. Eu realmente estou melhorando, não é só otimismo prematuro.

- Já não era sem tempo! - Digo após engolir minha medicação com um gole de água, começando a tomar meu café da manhã. Este ano com certeza será melhor; tenho Louis comigo e, aos poucos, estou matando aquilo que me mata.

Quando termino minha terceira rosquinha, saio da mesa dando tchau para os meus pais e andando direto para o meu carro quentinho. Por ainda estar cedo, consigo estacionar mais próximo da entrada da escola e entro, vendo Louis que conversa animado com Ashton. Silenciosamente, ando até o meu namorado, esperando surpreendê-lo, mas ele se vira antes que eu possa chegar mais perto.

- Você demorou muito para estacionar a droga daquele carro enorme. - Ele reclama e puxa meu rosto para baixo, imediatamente colando nossos lábios e eu apenas escuto a risada de Ashton. Correspondo seu beijo e antes que possa ficar intenso demais ao ponto de parecer inapropriado, nos separo. - Senti saudades de você, garotão.

- Eu também senti saudades, amor. - Respondo e abraço seu corpo de lado, mantendo seu corpo menor junto ao meu. Ele está gelado apesar do aquecedor da escola e ouço seu suspiro ao entrar em contato com o meu calor. - Como você sabia que eu já estava aqui?

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