35. Um Pouco No Limite.

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ESSA ATUALIZAÇÃO VAI SER DUPLA

Louis' POV.

- Qual é, Harry, não seja preguiçoso. Você sabe essa merda até melhor do que eu. – Digo para o garoto-homem ao meu lado na mesa, enquanto ele se concentra em um cacho do próprio cabelo. Estamos estudando Química por cerca de quarenta minutos agora por causa da prova que teremos no final dessa semana, mas a única coisa que fizemos até agora foi adiar um exercício difícil.

- O único tipo de química que me interessa é a química entre eu e você, babe. – Ele se vira para mim e pisca, me fazendo revirar os olhos. Se ele não fosse tão bonito, eu acharia patético, mas como ele é facilmente uma das pessoas mais atraentes que eu já vi na vida, estou um pouco levado por seu charme natural.

- Só porque estamos de bem não quer dizer que eu vou transar com você. – Resmungo, mas analiso a situação e chego a conclusão de que eu não o recusaria se ele realmente quisesse. Ele pode me irritar bastante, mas não posso negar que ele sabe o que faz quando tem que fazer. – Agora.

- Eu adoro quando você me mostra tão sutilmente que é tão louco por mim quanto eu sou por você. Mas por mim tudo bem não transar hoje, ontem foi intenso o suficiente. – Ele diz e se ajeita na cadeira, se debruçando sobre o livro outra vez. De fato, foi intenso demais e a briguinha depois também foi demasiadamente estúpida.

Com Harry eu estou sempre sendo estúpido e cometendo erros, mesmo quando eu pareço ter alguma coisa dentro de mim que está sempre me dizendo como acertar. Ainda fico impressionado como ele sempre parece saber o que é melhor para mim e como me agradar, sem que eu tenha que dizer. É como se estivéssemos ligados.

Depois de mais duas horas de estudo de química inútil, deixamos a sala de estudos para irmos até o meu quarto. Ficamos deitados na cama durante algum tempo, apenas mexendo em nossos celulares, Harry parecendo concentrado demais para me dar realmente atenção. Ele não é muito de mexer no celular, se eu bem me lembro.

- O que está prendendo tanto a sua atenção nesse telefone? – Pergunto incomodado depois de checar todas as minhas redes sociais e ler um artigo de fofoca inteiro. Foi tempo o suficiente para o sol se pôr, mas não tempo o suficiente para ele fazer seja lá o que está fazendo?

- Nada que justifique a pontada de ciúme que estou sentindo em você. – Ele termina de digitar e coloca o telefone na cabeceira da minha cama, abrindo os braços para que eu deite perto dele. Me coloco ali, me sentindo como a criança birrenta que às vezes sou e tentado a perguntar sobre a festa. – Eu posso sentir o seu ciúme, querido, mas não posso saber o porque se você não falar sobre.

- Não é ciúme, é só curiosidade. Você está planejando sua festa de aniversário? Seus pais não vão estar aqui, o caminho está livre. – Digo apressado, sem ter certeza do que eu espero ouvir. Eu não sei dizer se estou curioso porque não quero que tenha uma festa ou se estou torcendo para que tenhamos outra chance de festa, provavelmente uma das últimas que teremos antes da faculdade.

- Eu não quero uma festa no meu aniversário, principalmente depois do que aconteceu da última vez que estivemos em uma e isso ainda está fresquinho na minha memória, Louis. – Ouço seu coração imediatamente começar a acelerar sob seu peito, onde estou confortavelmente deitado. Harry é forte o suficiente para ter seus músculos e tal, mas não de modo que seja tão rígido que não possa me abraçar de maneira confortável.

- Ainda está fresco na minha memória também, mas eu não quero criar nenhuma espécie de trauma com festas antes de ir para a faculdade. – Argumento, constatando que sim, eu gostaria que ele desse uma festa. Eu praticamente o mantenho prisioneiro e seria legal estar presente em algo tão típico dele. – Você costumava fazer essas coisas antes de eu chegar e eu não ligo, se é disso que você mais tem medo. Seria bom, não acha?

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