Uma história onde Sangster aparece em dose dupla para infernizar a vida de Thomas O'Brien.
Tudo acontece em São Francisco, cidade onde Thomas mora com seus pais Vince, Mary e a irmã Pandora.
Samuel Sangster é o garoto que anda tirando o sono de Thom...
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- Relatório zero sete, paciente Samuel Sangster, análise de caso número um. – Ava sibilou estas primeiras palavras sentada frente a frente com seu filho ao ligar um pequeno gravador para iniciar uma sessão de terapia após o loiro acordar do coma induzido há algumas horas atrás.
- Já falei que sou o Newt, droga. – o garoto loiro resmungou com dificuldade, ajeitando a tala no braço esquerdo.
- Okay, vamos esquecer o substantivo próprio, filho. Estou aqui para te ajudar a entender e superar tudo isso que aconteceu com você. Acha que está em condições de falar? – a mãe questionou.
- Já estou falando, não? – devolveu grosseiro, sem muita paciência.
- Muito bem. Então o que acha de se deitar nessa cama para que eu posso conversar com você?
- Estou bem aqui sentado na cadeira. – o menino respondeu sem muito tato.
- Você sabe o que aconteceu com você, filho? – Ava questionou como mãe e principalmente como médica.
- Eu sofri um acidente. – disse sem encará-la.
- O que se lembra deste acidente? Consegue relatar algo?
O loiro suspirou, virando o rosto para o lado. Passou a fitar e encarar a parede branca, perdendo seus pensamentos confusos nela. Demorou mais de três minutos para falar, sem que Ava o interrompesse dos seus devaneios.
- Acho que... acho que um carro bateu de frente com o meu. Não sei ao certo. Estava voltando para casa e um farol alto veio de encontro a mim, invadindo a pista. Depois disso... eu não lembro de mais nada. Por quanto tempo apaguei? – finalmente voltou sua face para a médica, encarando-a olho no olho.
- Por quase uma semana. Seu irmão ainda está em coma.
- Sammy está bem?
Ava engoliu a seco, estreitando seus olhos azuis sobre o filho. Como psiquiatra, em anos de carreira nunca havia passado por um caso clínico desse e a mulher estava um tanto quanto confusa com a maneira como deveria conduzir aquela conversa. Deveria deixar que o filho tomasse temporariamente a personalidade do irmão ou cortava logo o trauma, expondo de cara a verdade?
- Ele está bem, Sam. Newton está bem. – ela precisou ser firme na sua decisão de confrontá-lo.
- Por que insiste em me chama de Sam? – perguntou confuso, com os olhos lacrimejando.
- Porque você é Samuel Sangster, meu filho. Seu corpo foi encontrado desacordado do lado de fora do carro e seus documentos estavam junto próximos ao seu corpo, espalhados pelo chão. Além disso, Sam, você tem uma marquinha de nascença na virilha.
- Tenho? – ergueu a sobrancelha, produzindo uma careta de dúvida.
Ava Paige balançou positivamente a cabeça, já esperando que o filho fosse de fato conferir o que ela alegava. Sem o menos pudor ele levantou o avental azul do hospital, abriu as pernas e enfiou a cabeça no meio delas, buscando pela tal maquinha.