Uma história onde Sangster aparece em dose dupla para infernizar a vida de Thomas O'Brien.
Tudo acontece em São Francisco, cidade onde Thomas mora com seus pais Vince, Mary e a irmã Pandora.
Samuel Sangster é o garoto que anda tirando o sono de Thom...
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- EU QUERO IR PRA CASA AGORA!
Foi assim que o garoto loiro urrou após a saída as presas de Thomas O'Brien. Um clima extremamente chato pairava pelo corredor do hospital após o pequeno ocorrido entre os dois no quarto.
- Filho, você ainda não está 100% recuperado, entenda que aqui ainda é o melhor lugar para você.
Ignorando qualquer palavra que brotava para fora dos finos lábios de Ava, ele retrucou:
- FODA-SE! Ninguém nessa bosta ao menos presta atenção no que eu digo e como eu ajo. Eu vou pra casa, você querendo ou não Ava!
Janson tentou segurar a ira do filho, mas o garoto estava realmente decidido a sair correndo dali o mais rápido possível. O fato de ninguém acreditar na sua versão estava deixando o pobrezinho estressado, ele iria provar por A mais B que era sim Newton Sangster, nem que isso fosse a última coisa que fizesse em vida.
Ainda antes de ir embora, invadiu o quarto do irmão, lançando seus olhos castanhos cheios de raiva para o corpo que pairava apagado inerte na cama desde o fatídico acidente. O rosto inchado, os hematomas pelo corpo e algumas gazes não impediram que o loiro se aproximasse dele, sorrindo.
- Como sempre fodendo tudo Sammy, mas eu não vou te perdoar por isso. Não dessa vez! – disse tocando a ponta do dedo do irmão, tendo a certeza de que Ava estava com sua carcaça estacionada na porta do quarto observando e ouvindo tudo.
- Quando eu sair por aquela porta... – suspirou ainda com as orbes castanhas conectadas no irmão - Vou provar para todo mundo, mas especialmente para o Tommy, que eu sou o Newt, o único Newt aqui. Todos os seus joguinhos e suas maldades vão acabar, porque quem manda nessa porra agora sou eu.
Disse soltando bruscamente o dedo do irmão, varrendo a lágrima idiota que ainda escorria do seu rosto. Encarou Ava antes de sair do quarto, sustentando o olhar da mãe.
- Filho, por favor... – a loira murmurou em um último apelo antes dele vazar do hospital.
- Desculpa mãe, mas não precisa mais fingir que se importa comigo. A senhora nunca se importou mesmo. – debochou – Agora tem o Sammy só pra você! Boa sorte! – deu dois tapinhas no ombro dela e correu para fora da UTI, assustando todos os médicos e enfermeiros com a sua fúria.
Cansada e estressada, mas acima de tudo confusa, Ava sentou-se na beirada da cama do outro filho, analisando-o. Subiu o corpo mais alguns centímetros, até estar próxima o suficiente para acariciar seus cabelos loiros sujos, brincando com os fios entre a ponta dos seus dedos.
Deu um longo suspiro e molhando a língua, indagou:
