Incubus

Capítulo 15

Blair

- Por que eu? - perguntei entre gemidos, sentindo Charles se movimentar dentro de mim.

Ele sorriu sedutor, mostrando os dentes que agora eram afiados. A cada segundo, seus músculos ficavam maiores e mais definidos. Ele tomava sua real forma aos poucos.

- Não sei. - murmurou. Sua mão cobriu meu seio e apertou com demasiada força. - Quando nossos olhares se cruzaram, eu a quis incontrolavelmente. - estocou fundo e eu gemi outra vez. - E eu sempre tenho o que quero.

- E se não fosse recíproco?

- Eu sabia que era.

- E se não fosse?

- Hm... você estaria dormindo, seus sentidos e desejos mais profundos se misturariam e eu estaria lá. Você acordaria com alguns hematomas... - puxou meu cabelo e riu brevemente. - Estaria inchada, dolorida, mas permaneceria excitada e talvez eu voltasse na noite seguinte e na seguinte, até me dar por satisfeito.

A frieza com que falava coisas horríveis me incomodava. Será que sua consciência não pesava?

Queria confronta-lo, mas o prazer continuava me cegando.

- Não tenho um lado bom, Blair. Não tenho pudores e não me sinto culpado pelas coisas que faço. Sei que fui criado para isso. - ele entrava e saía rápido e com força e eu sabia que, se continuasse naquele ritmo, um novo orgasmo chegaria logo.

- Não gosto disso! - resmunguei em meio a uma luta interna entre meu tesão arrebatador e meu bom senso, apesar de saber que meu senso não era páreo.

- Não gosta? - perguntou sarcástico, com a voz grave e rouca. Seus dedos desceram, trabalhando frenéticos em mim. Meu corpo contorceu involuntariamente. - Tem certeza? - deu um tapa em minha intimidade, enquanto sua boca foi em direção ao meu ouvido. - Você me descobriu, me antecipou e, acima de tudo, você me desejou.

Sua voz naquele sussurro calmo e imponente, fez com que eu me arrepiasse da cabeça aos pés.

- Então, esse é seu ponto fraco? Sua orelha? - sua voz e respiração em meu ouvido me fizeram contorcer. Definitivamente, aquele era meu ponto fraco. - Gostosa! - sussurrou de maneira sexy. Gemi em resposta. - Você é tão apertadinha... eu poderia te foder por dias.

Minhas mãos foram para suas costas, arranhando-o. Meu tesão havia transbordado todos os limites e eu o puxava para mim como se isso pudesse me proporcionar mais dele.

Charles gemeu alto num rosnado medonho, mas ainda sim, sensual.

Foi quando senti o que se quer achei que fosse possível. Senti o demônio alargando-me mais, crescendo dentro de mim. Depois veio uma leve, porém incomoda, dor.

- Pare de me desejar desse jeito. - suspirou. - Estou tentando me controlar!

Num único movimento, Charles não estava mais sobre mim e sim atrás. Me virou rudemente e me posicionou de quatro.

Não tive tempo de reagir, quando dei por mim, estava sendo estocada novamente. Gemi despreparada.

Ele estava crescendo. Seu pênis enorme estava ficando maior e, o que era apenas prazer, estava se misturando a dor, mas eu não queria parar. Ainda estava muito gostoso.

- Você não me queria por inteiro? - puxou meu cabelo com força. - Mudou de ideia?

- Hmm... Não para! - gemi deliciada, apesar do incômodo. Ele metia cada vez mais forte e fundo. - Me ajude a suportar você, Charles!

Ele parou de repente e pude senti-lo me encarar.

Virei o rosto para trás e encontrei seu olhar raivoso, enquanto seus olhos brilhavam de forma sobrenatural.

- Por favor. - insisti, rebolando e incentivando-o a continuar.

Charles ficou algum tempo imóvel, observando-me, enquanto eu rebolava e me esfregava nele. Parecia indeciso.

- Porque estou cedendo a você? - perguntou mais para si mesmo que para mim. - Porque ainda não meti tudo com toda minha força, te rasgando? Tenho certeza que desmaiaria.

- Não é o que você quer. - afirmei. - Sei que me deseja tanto quanto o desejo.

- Nunca estive com uma humana em minha real forma. Nunca estive com uma humana dessa forma. - parecia confuso e pressenti que desistiria do que fazíamos.

- Nunca estive com alguém antes e não quero estar com mais ninguém. - revelei, me insinuando. - Você me arruinou para os outros.

Apesar de Charles ser muito fechado sobre o que sente, eu sabia o quanto era possessivo e o tanto que seu ego era inflado. Falei exatamente o que ele queria ouvir para que não parasse. Infelizmente, o que eu havia dito era a mais pura verdade.

- Aah, Blair! - gemeu inesperadamente e seus lábios vieram aos meus com um beijo feroz. - Tem certeza que me quer por inteiro?

- Sim!

Charles me virou e subiu por cima de mim outra vez. Fez um pequeno corte em seu pulso com um dos dentes afiados e me ofereceu o braço.