Capítulo 59

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Blair

Hoje é o dia da reunião e estou um pouco nervosa. Minha mãe viajou para Paris e me deixou encarregada de tudo, exatamente como havia dito.

Sei que temos uma equipe ótima, repleta de pessoas qualificadas, mas o que é uma boa equipe sem um líder competente para guia-los?

Preciso dar tudo de mim nesse projeto, pois se qualquer coisa der errado, a culpa será minha. Por isso, alguns dias atrás, me certifiquei de fazer uma pesquisa rápida sobre Chuck Bass.

Estranhamente, não há muitas informações sobre ele pela internet. Nem mesmo seu nome completo ou os nomes de seus pais encontrei.

As notícias sobre o empresário giravam em torno, unicamente, dos hotéis. Não havia qualquer tipo de escândalo, família ou relacionamentos. Resumidamente, toda informação que adquiri foi que Chuck Bass é um empresário bilionário do ramo hoteleiro de trinta e um anos, nascido em Manhattan, Nova York.

Fiquei perplexa ao descobrir sua idade, pois imaginava que se tratasse de um homem bem mais velho e não pude deixar de me perguntar como alguém tão jovem construiu um império desse.

De qualquer forma, isso foi tudo que consegui. Tentei achar fotos, mas não encontrei nem mesmo uma única imagem do seu rosto no Google.

...

Cheguei ao hotel acompanhada de algumas pessoas da minha equipe, estive no Empire outras vezes quando mais nova e reconhecia o lugar. Apesar de fechado indefinidamente para reforma, por dentro parecia normal como sempre e algumas pessoas ainda trabalhavam, inclusive uma mulher loira e sorridente na recepção.

- Bom dia, sou Blair Waldorf, representante da Waldorf Design. - me apresentei. - Temos uma reunião marcada com o Sr. Bass.

Após nos cumprimentar, a recepcionista fez uma ligação e, alguns minutos depois, um homem grande e forte de terno apareceu, pedindo que o seguissemos. Ele nos guiou até a porta de uma sala, avisando que Chuck Bass nos aguardava.

Entramos um por um no cômodo espaçoso que possuía uma mesa enorme no centro com lugar para muitas cadeiras.

Ao passar pela porta, meus olhos seguiram a direção das pessoas que nos aguardavam sentadas e minhas mãos gelaram.

Era ele. Charles. Vestindo um terno cinza sob medida e sorrindo sutilmente ao me encarar.

Claramente não tinha sido uma surpresa para ele, pelo contrário. Julgando sua expressão, o Incubus havia planejado minha presença.

Ele levantou com tranquilidade e caminhou em minha direção, ignorando as outras pessoas. Eu estava em choque, paralisada diante aquele absurdo.

Ao me alcançar, Charles estendeu a mão para um cumprimento.

- Sou Chuck Bass e você deve ser Blair Waldorf. - eu podia sentir o divertimento em suas palavras. - É um prazer conhecê-la.

Não me movi e permaneci encarando seus olhos negros sem entender o que estava acontecendo.

O que esse demônio maluco estava planejando dessa vez?

Será que havia tomado a forma do verdadeiro Chuck Bass ou era uma identidade falsa?

No mesmo instante, recordei da noite em que apresentei-o para minha mãe e ele falava sobre hotéis como um ótimo entendedor. Eu havia feito um lembrete mental de perguntar como aprendeu tudo aquilo, mas o tempo passou e aquele assunto acabou sendo esquecido.

Ainda sim, não fazia sentido algum aquela situação. Para que um Incubus, um demônio fornicador, se tornaria empresário entre os humanos?

Afinal, até onde me lembro, Charles sempre deixou explícita sua repulsa pela nossa raça.

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