Capítulo 57

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Blair

Depois da festa, Louis me trouxe de carro em casa como sempre, mas diferente das outras vezes, convidei-o para passar a noite comigo.

Ele hesitou no começo, o que foi bem estranho, mas acabou aceitando no fim.

Felizmente, meu mais novo namorado tinha uma muda de roupas reserva dentro do automóvel e, após tomarmos banho e nos trocarmos, deitamos em minha cama.

Escolhi uma camisola vermelha, sexy e transparente. Eu estava disposta a seduzi-lo, mas o clima entre nós era esquisito e eu diria que até um tanto constrangedor.

Pensei que ele tomaria uma atitude quando saí do banheiro vestida tão sensualmente, mas apesar de encarar meu corpo vidrado por algum tempo, Louis somente deitou. Permanecemos debaixo da coberta, em silêncio e encarando o teto escuro iluminado pelas frechas de luz que escapavam da cortina.

Pensei que fosse timidez e cheguei um pouco mais perto, roubando beijos que foram retribuídos de bom grado, mas quando arrisquei um toque mais ousado, ele se afastou cuidadosamente.

- Algum problema? - perguntei confusa.

- Não, é que... - tentava recuperar o fôlego. - Quero fazer as coisas do jeito certo, Blair.

Eu não entendia sua recusa. Ele também estava afim, eu podia sentir a ereção em minha perna. Então, qual era o problema?

- O que quer dizer?

- Acho que deveríamos fazer sexo apenas depois do casamento.

- O QUE? - me exaltei um pouco e Louis corou. - Quer dizer... você é virgem?

- Não é isso. - respondeu, encarando-me nos olhos e fazendo carinho em meu rosto. - Tenho planos para nós, Blair. Sei que pode parecer apressado, mas vejo uma vida ao seu lado e, diferente das minhas relações anteriores, não posso pular etapas, pois não quero correr o risco de darmos errado. - sorriu fofamente. - Talvez seja bobo, mas prefiro que façamos as coisas no tempo certo.

Continuamos a conversa e o clima ficou bem menos pesado depois que Louis revelou seus sentimentos para mim.

Apesar de um pouco decepcionada por estar necessitada de um bom sexo, entendia seu lado e respeitava sua decisão.

O moreno não demorou à pegar no sono ao meu lado e, enquanto ele dormia, desci para beber um pouco de água. Quando subi novamente e deitei na cama, senti minhas pálpebras pesarem.

...

Abri os olhos lentamente.

Demorou alguns segundos para que eu conseguisse enxergar Charles em pé, de frente para a cama, ainda vestido com o smoking preto e encarando-me com as mãos nos bolsos e um sorriso ladino.

Arregalei os olhos e virei o rosto para Louis que dormia tranquilamente, antes de voltar minha atenção para o demônio outra vez.

- O que está fazendo aqui? - sussurrei, inclinando-me devagar com medo de acordar o homem deitado ao meu lado. - Vai embora, seu maníaco!

- Sexo depois do casamento? - perguntou irônico. - Achei que tiraria qualquer vestígio meu de seu corpo essa noite.

- Minha vida sexual não é da sua conta! - sentei na cama cuidadosamente. - Vai embora!

Ele sorriu, aquele sorriso cretino de sempre. Tirou o blazer e jogou no chão, junto da gravata.

- O que está fazendo? - questionei, sentindo o ar frio da janela, agora aberta, soprando sobre mim e balançando as cortinas.

O Incubus não respondeu, apenas retirou o colete e puxou a camisa social branca para fora da calça, desabotoando os botões dos pulsos e alguns do peito.

IncubusDove le storie prendono vita. Scoprilo ora