Incubus

Capítulo 77

Serena

De baixo do chuveiro, enquanto tomava banho e me limpava de toda sujeira da noite agitada, vi Nate entrar pela porta do banheiro e fecha-la em seguida.

Encarei sem entender, observando-o tirar a camisa e abrir o botão da calça.

- O que está fazendo? - questionei confusa, afinal, o anjo sempre evitava momentos íntimos como esse.

- Estou pronto, Serena. - afirmou com segurança.

- Pronto para que?

- Para perder minha virgindade. - afirmou, encarando meu corpo sugestivamente.

Houveram alguns segundos de silêncio.

- Tem certeza? - perguntei, um tanto surpresa. Eu havia esperado muito por isso. Literalmente.

- Absoluta. - respondeu com a voz rouca, retirando a calça.

Era nítido o volume em sua cueca e não pude evitar observar descaradamente aquela região específica.

Ao notar meu olhar, seu rosto corou levemente, ainda sim, ele retirou a cueca, ficando nu.

Talvez alguém com mais consciência, sabendo sobre as regras angelicais que ele quebraria, insistiria na conversa, mas eu não me faria de rogada. Nem mesmo questionaria outra vez se tinha certeza. Seu membro duro e apontado para mim deixava bem claro.

- Então, vamos para cama? - questionei cuidadosamente, com medo de assusta-lo.

- Não. - respondeu no mesmo instante, entrando no box comigo e deixando-se molhar pela água quente. - Eu gostaria que fosse aqui. - afirmou, encarando-me de forma intensa. Quase me faltou ar.

Uma das minhas maiores fantasias estava prestes a se realizar.

...

Nos últimos meses tenho quase enlouquecido, sonhado com Nathaniel toda noite, imaginando-o de todas as maneiras possíveis.

E agora, ele estava debaixo do meu chuveiro, com seu corpo bronzeado, completamente molhado e os olhos azuis focados em mim com atenção.

Com muita gentileza e talvez um pouco de nervosismo, suas mãos puxaram-me para mais perto do seu corpo e, apenas nesse momento, notei que eu não havia tomado nenhuma iniciativa. Havia ficado parada, encarando-o igual uma pateta, encantada e ansiosa como se fosse a virgem de nós dois.

Por alguma razão, sentia uma ansiedade como nunca senti antes. Nem mesmo quando perdi minha virgindade, na adolescência, senti essa sensação devastadora me consumindo.

Respirei fundo, tentando espantar o nervosismo, afinal, não era como se eu estivesse fazendo pela primeira vez.

Então, porque sentia como se fosse?

...

Levei uma de minhas mãos até seu rosto e passei os dedos em seus lábios, sentindo suas mãos em minha cintura e recebendo um olhar carinhoso, enquanto a água molhava nossos corpos.

Eu encarava o anjo hipnotizada e certa de que nunca me acostumaria com tamanha beleza.

Ele é lindo, puro e sexy de uma forma divina, literalmente. E a atração que sinto por ele, ultrapassava todos os limites.

Mais ousado que de costume, talvez notando meu estado anormal, Nathaniel aproximou-se e tocou meus lábios com a ponta da língua, me seduzindo completamente.

A língua macia desceu lambendo meu queixo e disparando arrepios em meu corpo.

Gemi deliciada quando as mãos grandes desceram um pouco mais, alcançando minha bunda e apertando-a.