Capítulo 01 - Prologo. (Revisado)

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Eu pedalo energizada pelas ruas de Boston, — capital de Massachusets — voltando do meu ultimo dia de aula. A partir daquele dia começavam-se minhas férias de verão.
Mesmo após sair da escola recentemente eu já estava em chamada com Larissa e Josh:

— Eu tenho tantos projetos para essas férias, eu sequer sei se poderei falar com vocês! —  Minha melhor amiga gabou-se,  empolgada o bastante para fazer meus ouvidos doerem.

— Eu tenho planos mas provavelmente não tantos quanto você. — Digo rindo.

— Eu queria passar minhas férias debaixo dos lençois com a minha namorada, mas ela é tão pura e... — Josh tentou dramatizar com seu tom de voz irônico e maldoso.

— Nem ouse incrementar nada a sua frase, Josh Holey! — Repreendo-o, tentando ficar séria.

— Ok, modo sobrenome ativado... você odiou o papo. — ele riu ao final da frase.

— Gente, vou desligar... — Informo ignorando-o — estou chegando em casa.

Me despeço dos meus amigos e os vejo desaparecer da chamada, antes de desligar Josh faz uma piada e acabo deixando escapar uma gargalhada histérica.

Esse garoto é incrivelmente idiota e maravilhoso!

Eu e Josh já namoravamos há o que? Quase 3 meses? Sem contar o tempo sem assumir nosso relacionamento. Apesar dos nossos problemas no passado — que eu odiaria relembrar — e ele se mostrar bem opinativo a fazermos sexo, estamos juntos, nos gostamos e brigas eram raridade. Uma sorri se faz nos meus lábios ao pensar.

Dou um empulso forte no pedalo da bicicleta enquanto viro a esquina, automaticamente minha playlist de Cage the Elephant começa a tocar. Swetie Little Jean invade meus fones de ouvidos.
Pedalos depois, paro em frente a minha casa. Arrasto minha bicicleta branca e a deixo presa no biciclétario, em cima do gramado de casa.

Adentro em casa serenamente tentando
não chamar a atenção da minha mãe.

Aprecio o ar condicionado e me sento no sofá. Suspiro profundamente enquanto retiro meu sutiã, por baixo da camisa. Essa é a melhor sensação do meu dia. Entretanto, a sensação de paz deixa o meu corpo quando ouço alguém gritar meu nome aos quatro cantos do mundo.

Minha mãe desce as escadas apressada. Meus olhos se arregalam ao ver o seu vestido, branco, até os joelhos, tão pomposo e cheio de camadas. Os cabelos escuros arrumados em um rabo de cavalo, com presilhas de detalhes brancos em sua raiz.
Há tempos eu não a vejo tão arrumada.
Ela para na minha frente. Alta e dura como um poste. Seus olhar decae em mim com frustração. Consigo sentir a bronca.

— O que é isso, Mendy? — Gesticulou para mim. Em uma expressão sinica abro meus dentes em um falso sorriso.

A minha mente estava tão corrida que acabei esquecendo nossa ida ao cartório nesta tarde. As férias de verão me deixam agitada mas não é como se eu fizesse um esforço para me lembrar.

— Porque está vestida assim? Eu te pedi apenas uma coisa, um milhão de vezes, sair cedo do colégio ou se por vestir lá! — Enquanto pronuncia, sua voz se torna mais potente a cada palavras como a abertura dos olhos.

— Ahm, mas... quando você me disse algo? — Forço um tom inocente.

Isso parece irrita-la mais. Bufando alto minha mãe anda até o canto da sala. O vestido pomposo pula a cada passo. A morena mexe na estante e retira diversos papéis, blocos de notas e calendários. Na volta, os joga em cima do meu colo.

— Ei! — Grito em protesto.

— Olhe, Mendy! — ela aponta — Não me diga que não te visei. Eu até esperei você ficar de férias... — Calou-se drasticamente e meu coração apertou-se com o medo de que lágrimas estavam por vir. — Parece que, você não faz questão de ver a minha felicidade... — Completou e balançou o rosto de um lado para o outro e apertou os enraivada.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora