10.

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Depois achar aquele papél nas mãos do meu padrasto, Bruno, eu não sabia quais mais informações ele havia em sua mãos.

A conversa com o Dylan, e principalmente o beijo, foram coisas que me fizeram viajar em pensamentos noite toda.

Não sai do quarto para jantar ou nem sequer trocar uma palavra com ninguém.

Eu apenas tive um pequeno diálogo com a minha mãe, que queria descobrir se eu iria ao jantar, através da minha porta, que não foi aberta sequer uma vez naquela noite após a saída de Dylan.

Ao contrário do que eu disse a minha mãe; "estou muito cansada, vou dormir mais cedo",
- que eu nem sabia como ela havia acreditado, sendo que eram às 18 horas da tarde, quando ela veio ao meu quarto -.
Passei a noite em claro conversando com meus pensamentos em aberto, para tudo que estava em meu quarto pudesse escutar.

Além de fazer isso, eu até abri uma guia anônima no meu celular e procurei tudo o que eu pude sobre a família do Dylan e infelizmente, foi sem sucesso.

Às 3 horas da manhã, foi o momento que finalmente tive paz e consegui pegar no sono.

Curti o máximo do curto período do meu sono, até que, infelizmente.

— O Alarme! —  Gritei eufórica me sentando na cama com o celular tocando, acabando com os meus tímpanos.

Dormi tão tarde que imaginei  que estava atrasada.

Porém, salva pelo gongo, ou alarme.

Desliguei o alarme do meu celular, que estava em cima do meu criado mudo e suspirei.

Segundo dia de escola, vamos ver o que você tem para mim.

Pousei meus pés no carpete que estava estendido pelo meu quarto e caminhei até meu guarda-roupa.

Peguei um macacão preto e uma blusa com manga e roupas íntimas e me estiquei até minha estante, onde havia simplesmente largado a toalha do dia anterior.

Caminhei até a porta do meu quarto arfando, me  desejando boa sorte.

— Que o dia seja bom... — Susurrei tentando ser positiva, enquanto girava a maçaneta bruscamente.

Qubdo abri a porta do meu quarto, tive a graciosidade de ver Dylan, abrir a porta do seu quarto frente ao meu, quase na mesma sintonia que eu.

Ele sorriu e tentando quebrar nossos olhares o cumprimentei, com um "Oi", arrastado.

— Me esperando atrás da porta, Mendy? — Sorriu após o final da sua frase.

— Hoje não, querido... — Sai totalmente do meu quarto, fechando a porta.

— Achei que estivesse ido dormir cedo, não? — Ele apontou minhas olheiras — Sua mãe disse no jantar...

— Eu precisava, pensar.

— Meu beijo te deixou pensativa? — Ele riu encucado, fazendo eu rir sem humor algum.

— Além disso, eu não podia olhar pra cara do meu padrasto, depois ter beijado o filho dele.

— Ah, claro. — Ele assentiu —
Então, você admite que você me beijou? — Ele riu, jogando a toalha em seu ombro.

— Não coloque palavras na minha boca, Dylan. — Aleguei quase revirando os olhos. — Eu estava pensando sobre outras coisas além disso... — Cocei minha testa, numa sintonia com minha voz.

Na minha mente, rapidamente eu tive um flash de lembrança de ontem.

Eu colocava o papel em baixo do meu travesseiro.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now