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Abandonei o ônibus quase vazio em um ponto que era quase assustador.

O silêncio estridente da rua fria e vazia estourava minha mente.

Eu não devia ter deixado a minha jaqueta na mão da minha mãe.

Mesmo com o receio na porta do meu estômago, subi a larga rua sem saida em direção a fonte da minha curiosidade.

Quando parei em frente a casa, o seu grande portão de ferro estava totalmente escancarado, o contrário da última vez.

Imagirando que algo pudesse dar errado, agarrei o celular do meu bolso e o deixei pronto para ligar para emergência.

Essa noite já estava uma merda, ser morta era algo que eu não desejava.

Dei passos encolhidos até a porta e não era apenas pelo receio esta noite estava super fria. E encarando o céu, era visível que cairia um temporal.

Transferi três batidas a porta e inesperadamente a porta se abriu logo. Novamente ela estava lá.

Entretanto, seu ar de elegância havia decaído. Seus cabelos estavam desalinhados e no lugar de uma otima maquiagem ematomas, como seu olho esquerdo que estava arroxêado.

Sua olheiras profundas mostravam-me seu cansaço.

— Mendy vamos conversar...

— O que você quer!? — Perguntei alterando minha voz mais do que eu deveria.

Meu sentimentos estavam a flor da pele.

— Venha entre... — A voz de Martha saiu arrastada no mesmo tempo em que ela se moveu me dando as costas e entrando novamente em sua casa.

Sem escolha, a segui.

Me movi entre a sua sala de estar cinza e branca a qual em bem lembrava a coloração desde que eu fui expulsa daaqui.

Martha se sentou e me indicou com um movimento de mão para que eu também me sentasse e fiz.

— O que quer? — Pergunto  impaciente pelo seu silêncio.

Ela estava quase sumindo em sua poltrona do tanto que se encolhia.

— Eu preciso de ajuda.

Escutando sua frase, não pude deixar de soltar um riso nasal.

— O carma é uma vádia. — Dou ombros.

Pude notar um pouco de desespero no seu olhar.

— Eu tinha desistido de tentar saber mais sobre isso até pouco tempo... — Revelo. — É difícil vencer quando estamos no jogo dele.

— Não Mendy, não é! — Sua voz saiu conturbada

Parece que nossos papéis estão um tanto quanto invertidos.

— Você... você tem certos papéis, que podem nos ajudar. Onde eles estão?

Meu olhos se arregalaram.

— Que tipo de idiota eu seria se eu lhe falasse? — Pergunto com o tom de indignação — Até onde eu sei, vocês trabalham juntos e isso pode ser uma armação para tirarem eles de mim.

— Olhe para mim... você acha que eu estou com ele!? — A mulher a minha frente gritou e lágrimas quase pularam dos seus olhos.

— Eu não confio em você... você transava com ele a pouco tempo — Seus olhos se abaixaram pela vergonha — e me disse que nada poderia ser efeito em relação a ele. — Minha voz estava trêmula com o tanto de sentimentos sendo expostos.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now