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Minha cabeça latejava enquanto minhas mãos tremiam. Eu estava suando frio e as palavras que eu tento pronunciar estavam tão tortas que faziam tudo aquilo ser realmente mais dificil de se lidar.

- O que você veio fazer aqui? - Perguntou Dylan, confuso.

Olhei sobre meu ombro, vendo se a qualquer momento Bruno não apareceria de surpresa.


- Nada. - arfei - Dylan, precisamos voltar pra escola. - Tentei falar normalmente, mas falhei. Meu coração estava batendo tão rapido que chegava a me dar falta de ar, como se eu tivesse corrido uma maratona.

- O que está acontecendo?

- Vem. - Puxei seu braço -
Vamos logo voltar para escola, eu lhe explico. - Comecei a andar em passos frenéticos e ele acompanhou-me.

Acho que Bruno não tinha escutado o barulho da escada despencar, se não ele já teria nos surpreendido a um bom tempo. Ainda enquanto andavamos Dylan disse:

- Foi algo serio?

- Depois conversamos... - Passamos pelo grande portão e atravessamos a grande pista.

Estavamos fora de casa por completo. Aproximei-me da bicicleta, que era completamente desconhecida para Dylan que exclamou:

- De quem é isso?!

- Peguei emprestada. -
Respondi-o com calma e clareza, que logo foi embora e eu parei de falar, até mesmo respirar

Não sentia o papel. Toquei minha blusa tentando encontrá-lo, devo tê-lo deixado cair em algum lugar.

Ele não estava comigo, estava espantada com a minha burrice.

- Dylan, você pode ir na frente?

- Mas o que... - interrompi-o

- Por favor! - Pedi - Confie em mim, eu chego logo. Preciso resolver algo... - Eu estava apavorada apenas com a idéia de Bruno ter me visto ou pegado novamente o papel, que estava caido em algum lugar.

- Serio! - Dylan me olhou, tentando convencer a si mesmo de ir, com bastante remorso ele subiu em sua moto.

- Espero uma grande explicação pra isso. - Impôs dando partida em sua moto.

- Você vai ter... - Confirmei e ele foi embora.

Eu logo fui embora, voltando a correr pelos grandes portões do de casa. Meus olhos estavam atentos a qualquer brecha que pudesse ser o grande papel, agachei-me enquanto voltava aos fundos cuidadosamente.

- Cadê você filho da...

Achei!

O papel estava caido perto de alguns arbustos. Quando o agarrei, escutei a voz que me era tão calma e serena, que agora me é tão fria e aspera.

Não perdi tempo, e escondi-me perto de alguns arbustos.
Bruno estava novamente no telefone, olhando a piscina.

- Ela entrou pela janela... aquela vadia! Depois que você fez aquilo, ela ainda tem a coragem... - Me arrastei para perto dele para poder ouvir-lo melhor e pela grande agonia vinda de mim, acabei fazendo barulho ao apoiar-me em falso.

Bruno veio e minha direção, atraído pelo barulho.

Recueei para trás e não comecei a correr, sem nem pensar se ele estava vindo ou não.

Novamente estava a sair do portão e atravessando a pista.

Subi na bicicleta enquanto pedalava, eu sentia minhas lágrimas voarem junto com o vento.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now