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Franzo os olhos encarando a cor branca vazia no teto do meu quarto. Apenas desejo que minha mente fique vaga como ele.

Os sentimentos de frustracão e confusão atualmente conseguem ocupar ambas partes da minha alma.
Esses sentimentos foram causados por  Martha que, há poucos dias me mostrou seu verdadeiro ser.

Uma eterna covarde. Não apenas por seu grande envolvimento com a morte de Vanessa, como por sua vontade de não assumir seus atos.

Tentei manter meu mesmo comportamente com ela nos últimos dias, porém tudo sobre ela gritava na minha cabeça graças fato do seu comportamento apenas ficar mais estranho e isso me fez tomar a atitude impulsiva de gravar todas as nossas conversas.

Obviamente ela não pretende entregar -se a polícia, e além disso, não tenho a menor idéia de qual são suas outras mentiras ou, se podem me prejudicar e ajudá-la. Amanhã é meu aniversário, vinte e sete de maio, assim como o dia em que a policia entrará em ação contra Bruno e eu não faço a menor idéia se tudo dará certo.

Me sento na minha cama ofegando, desejando estar pronta para mais um dia no maldito ensino médio.
Eu não estou me esforçando muito ultimamente e não sei qual resultados isso me trará no final do ano letivo, mês que vem.

Corri para o banheiro e usei bastante do banho para pensar. Após sair de lá, rapidamente optei por um vestido turquesa, justo até minha cintura e solto até meus joelhos.

Novamente meu namorado conseguiu me convencer a irmos em sua motocicleta até o colégio e mesmo que isso chamasse alguns olhares indevidos, não me importei, estou feliz por superar esse medo.

Dylan parou sua moto no estacionamento escolar e após descermos, por um ato falho, cruzo sua mão a minha, mas essa ação foi desfeita em segundos por ele, mordo meus labios inferiores constrangida.

— Eu também queria segurar sua mão em público, mas... isso iria acabar com a minha moral no colégio. — Brincou,  reviro meus olhos e Dylan sorri caminhando ao meu lado.

Do outro lado do estacionamento,
meu coração disparou após eu ver  cabelos negros e cacheados ao vento, acompanhados de um sorriso repleto de covinhas. Carly e Bruce estão de costas para o carro do próprio enquanto conversam com alguns garotos do time.

— Finalmente ela voltou pro colégio.
— Digo a Dylan que imediatamente encara a mesma direção que eu.

Nos aproximamos empolgados em recebermos Carly de volta e ficamos felizes ao descobrir que a cirurgia do seu pai foi um sucesso, deixando-o sem sequelas.

— Agora, — Bruce chamou nossa atenção — vocês podem ver o verdadeiro sorriso da minha namorada... — Gabou-se apertando as bochechas quase vermelhas de Carly, que parece não conseguir de exibir um sorriso em seus lábios.

— Vocês tem sorte que não somos públicos ou, seriamos o casal mais perfeito desse colégio. — Apontou, Dylan tocou meu ombro revirando os olhos por aquele ser um dos poucos gestos íntimos que podemos ter e o casal a nossa frente gargalhou.

Minutos de papo furado se passaram entre nós, mas quando os rapazes se aprofundaram em estratégias de jogo, Carly sinalizou para eu e ambas nos afastamos deles. Fomos para dentro do colégio e nos enfiamos em uma das salas vazias no primeiro andar e já imagino a palta da nossa conversa.

— Mendy... — Chamou meu nome friamente enquanto fechava a porta de madeira da sala, seu tom saiu como incentivo para eu começar toda a história.

Respiro fundo antes de começar toda a história que estava por vir.

Segundos depois de um inútil receio,  lhe entreguei um relatório sobre o caso da Vanessa e o desvio de dinheiro do Bruno. Sem esquecer sobre minha historia com Martha afinal, eu não teria encontrado-a se não fosse por ela. Tentei não deixar um mísero detalhe para trás.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now