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Minha mente estava totalmente atormentada e perturbada pelo que eu havia passada.

Não me sentia bem para ficar presa em um sala, ao redor de pessoas ainda mais mesquinhas e fúteis. Consegui
dar um perdido em Carly resolvi respirar um pouco em outro lugar.

Eu precisava espairecer, retirar o que aconteceu comigo da minha cabeça, ou pensar mais sobre ela.

Me sentei no banco do vestiário que se encontrava totalmente vazio e soltei um longo suspiro.

Minha cabeça girava com a forma da qual eu pensava mais no que havia
acontecido.

Em um momento de fraqueza, desabei.

— Porra... — Susurrei abaixando minha cabeça e apoiando-a em minhas mãos.

Minha respiração estava fora do controle graças a forma em que minhas lágrimas saiam sem medir filtro.

— Eu só quero que tudo acabe...

Queria simplesmente poder ir a polícia e viver a minha vida. Porém eu não podia.

Se Bruno tem esses documentos com certeza ele tem informantes lá dentro.

Mas eu tinha que parar com tudo, ao menos por um tempo. Eu preciso de um tempo.

1 Semana depois;

— Mendy... — Carly bateu a porta do seu armário enquanto me chamava e pelo seu tom não era pela primeira vez.

Eu estava tão aérea naqueles últimos dias.

— Sim?

— Você está realmente bem, Mendy? — Ela colocou a mão no meu ombro. Apenas solto um pequeno sorriso.

— Apenas cansada. — Respondo e novamento tento colocar a senha do meu armário. Eu havia esquecido completamente a droga da senha.

Eu não estava nada bem.

Desde o meu último contato direto com Bruno, eu vivia amedrontada dentro de casa.

Na mesa de jantar, eu conseguia tremia apenas quando ele tentava alcançar o sal ao meu lado.

O sono era algo inalcançável, assim como comer e até tomar banho.

Sua ameaça havia feito efeito em mim.

Eu passava metade da noite acordada e sempre com medo que ele invadisse meu quarto e tentasse algo contra mim. Minha mente inventa até as paranóias mais incapazes de acontecer, até ele colocar algo na minha comida.

O colégio havia se tornado o meu porto seguro.

As vezes eu até visitava a enfermaria, apenas para conseguir dormir direito.

Minha vida estava se tornando um inferno novamente...

— Vou guardar nossos lugares na cantina... — Avisou-me Carly se afastando em passos.

Eu apenas concordei com um aceno de cabeça.

Finalmente eu consegui me lembrar a senha do meu armário, então comecei a devolver meus livros ao meu armário faminto.

— Mendy!

Soltei um grito agudo no meio do corredor, derrubando meu último livro quando escutei meu nome.

Imaginando as piores coisas.

Uma parte do corredor me olhou aos risos.

— Nossa, tudo bem? — Suspirei imapaciente.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now