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Fitei Dylan do outro lado da piscina. Seus ombros estavam para fora d'água, á metros do meu corpo.

Com todo êxtase em vê-lo, mordisquei meu lábio inferior inconscientemente e me aproveito dessa ação para sufocar um sorriso com os dentes.

Ver Dylan desse jeito, apenas me confirma que, “Há males, que vem para o bem”. 

— Examinando o seu material? — Exclamou Dylan divertido, passando seus dedos entre seus fios de cabelo castanhos, que encharcados parecim mais escurecidos.

— É meu? — Pergunto fingindo espanto, erguendo minhas sobrancelhas.

Seu rosto se moveu em negativo de um modo divertido, que apenas fez com eu soltasse uma gargalhada.

Estimulei meu corpo, juntando meus braços á frente e abrindo-os, nadando para chegar ao alcance de Dylan.
No entanto Bruce, Carly e Charlie me cortaram, como um maldito carro alegórico, cheio de gritos e risos só que, aquático.

— Mas que droga é essa, gente? — Grito de modo alto o bastante que possa cobrir a algazarra deles.

Dylan e eu nos encaramos sorrindo, lançando questionadores um ao outro.

Os três continuaram nadando até a ponta da piscina, nos ignorando totalmente. Entretanto, assim que o trio furacão pareceu cumprir sua meta, nadaram novamente
com eufória em nossa direção.
Quando passaram por nós, Bruce gritou:

— Travessia maluca! — Relatou sua voz ofegante.

Eu e Dylan nos encaramos seriamente e com o olhar cerrante, influenciados pela competitividade da brincadeira.
Sem nenhum tipo de contagem ou regras, disparei na frente, deixando meu concorrente para trás e entrando no embalo da brincadeira.

— Trapaceira! — Escuto a voz de Dylan me acusar. O que apenas me fez gargalhar durante as braçadas constantes que eu dava na água para chegar até a ponta.

Após mais duas partidas com meus amigos, que aliás perdemos miseravelmente para Charlie que se saiu uma ótima nadadora, ou trapaceira, — se empurrões estivessem dentro das restrições do jogo, que não há regras. — paramos sem fôlego no meio piscina, nostalgiando a brincadeira de minutos atrás.

— Droga, eu devia ser uma sereia nas minhas vidas passadas. — Charlie gabou-se, passando seu cabelo loiro vibrante por cima de seus ombros quase nus.

— Não seja limitada! — Disse Carly com desdém, acompanhado de um revirar de olhos. Neste momento, penso se o ego cômico de Charlie não teria ofendido-a. — Piranha também é uma opção. — Sugeriu dando ombros.

— Que maldade! — Charlie retrucou espirrando água em Carly.

Gargalho com entusiamo, observando as duas e em seguida suspiro aliviada, pelo rancor estar acabando. Continuo observando as duas brincarem enquanto movo meus pés em sincronia para me manter na superfície. Nunca fui uma ótima nadadora.

Em um instante, meu corpo torna-se tenso quando duas mãos fortes tomam minha cintura detrás de mim.
Porém, quando lábios quentes encostam-se em minha nuca, meu corpo se enfraquece e um riso involuntario e manhoso cresce em mim.

Os toques de Dylan eram inconfundíveis.

— Me assustou... — Declamo, tocando gentilmente suas mãos paradas na minha cintura.

— Vem comigo. — Sussurrou e nesse gesto, seus lábios se roçaram com provocação no lóbulo da minha orelha.

Assenti um tanto perturbada.  Nadamos calmamente até a escada, localizada no canto da piscina.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now