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Tento abrir meus olhos e por um segundo, eu consigo. Minha visão não é muito clara, está totalmente turva.  Estou em um carro, não consigo ver quem está dirigindo. Porém, antes que eu pudesse concluir o que mais estava acontecendo, a sonolência me tomou e apago.

Abro meus olhos. A sensação de sonolência continua comigo, mas desta vez não cedo e mantenho meu olhar.

Estou sentada no chão, porém de um material diferente, metálico.
Movo minha cabeça tentando olhar ao redor, mas uma sensação pulsante de dor acima da minha nuca me impede e paro fechando os olhos. Tento levantar e tocar o lugar, mas me arrependo quando isso apenas causa mais dor.

Em seguida me senti entrar com a dor em pânico e minha respiração começou a se alterar.

— Se acalme, Mendy. — Uma voz fria soa ao meu lado e me rastejo para longe imediatamente.

Eu respirava desesperadamente em busca de fôlego. Após erguer meus olhos, vejo Bruno de pé ao meu lado.

Diversas sensações gritam em mim, quase demais para que eu analise;
Fortes ofegos acabaram por deixar minha boca seca e seu olhar frio quase me congela. Mas de fato, a sensação do meu coração bater como um tambor na porta da minha garganta é o que me sufoca.

— Onde estou? — Pergunto e saiu quase como uma ordem. Sinto que meus olhos estão imensamente arregalados.

Não faço a menor idéia de onde estamos. Apenas que graças a forte ventania no meu rosto e a vista de
outros prédios, é um lugar alto.

— Veja você mesma. — Disse Bruno.
Tento me levantar tateando cegamente qualquer lugar para me apoiar, sem tirar os olhos dele.

Assim que posso, fico de pé.
De costas para um a um tipo de apoio de ferro, continuo encarando Bruno. Ele continua a me encarar.
Então, tomo confiança de me virar e certificar-me de onde estou.

Uma ventania passou por meu rosto e eu quase gritei de pânico graças a  vista e altura.

É um terreno baldio. Sempre passo em frente a este lugar quando  volto do Shopping ou algum local longe. Porém, nunca imaginei que ele fosse tão assustador à noite. Estamos em cima do que parece um andaime multidirecional, usado para ajudar na construção de prédios mais altos.
Posso ver a janela de outros prédios, mas é muito longe para que alguém me veja.

Apenas consigo imaginar-me caindo daqui. Tentando controlar mais visões do tipo, me viro e no instante um grito surpreso deixou minha garganta.  Bruno está no mesmo lugar, só que me pontando um revolver.

Não é a primeira vez que estou em frente de uma arma, mas não quer dizer que ela não me amedronta.

— Bruno, espera... — Digo pondo minhas mãos em minha frente, como se me protegesse. Meu olhos começaram a marejar conforme eu o encarava.

— Você não devia ter se envolvido nisso! — Gritou. Sua mão que segura a  armar mexeu-se bruscamente e  acabo por soltar outro grito.

— Mas eu me envolvi... já foi. — Afirmo entre lágrimas me escaparam. Parece que errei na frase, porquê seu rosto apenas pareceu mais rude. — Porém, mesmo que você acabe comigo... a Martha vai acabar com você, não tem sentido! Ela está do meu lado.

— A Martha? — Ele riu divertido — Quem você acha que me disse sobre os papéis? — Contou. Engulo seco ao sentir uma apunhalada no meu coração. Eu não imaginava que ela também fizesse isso. — Ela só está do lado dela, Mendy.

— Então, como ela está do lado dela, isso não também não te dá nenhum privilégio. — Digo — Acabar comigo, não vai te fazer livre dela. Apenas vai acabar com o resto do amor que seu filho tem por você...

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now