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Me movimento lentamente no colchão enquanto pisco meus olhos tentando me acostumar com a claridade que invade minha janela.

Tenho a sensação de algo ao meu lado.

Passo a mão cautelosamente em meus olhos, em seguida abro-os e tenho um espamo ao encontrar a fisionomia relaxada de Dylan ao meu lado.

Seu braço está ao redor da minha cintura, nossos corpos estão tão próximos que estranho eu não notar quando ele entrou aqui á noite e
agradeço mentalmente por ter sido ele.

Devo ter esquecido de trancar a porta e não posso me dar a esse luxo. Ofego e examino sua respiração calma, encantada com seus lábios  rosados.

Estendo minha mão até seu rosto e tocando sua pele quente, carinhosamente acaricio sua bochecha com o meu polegar. Sentindo meus movimentos, Dylan se remexeu franzindo o rosto, parecendo incomodado com algo acabar com seu sono e acabo rindo. Ele abriu seus olhos

— Bom dia... — Coçou seus olhos e sorrio com a rouquidão da sua voz.
Retruco seu cumprimento e me curvo para beijar seus lábios e sorrio após sentir aquela sensação que ultimamente tem virado a minha preferida.

— Quando chegou aqui? — Pergunto
sentando-me na minha cama e juntando meus cabelo em um coque.

— Já eram... — Pausou rapidamente enquanto mordia seus lábios — quase uma da manhã, nossos pais demoraram pra dormir. — Acrescentou e apoiou seu rosto na mão — Decidi não te acordar, você parecia cansada e é uma graça ver você dormindo. — Revelou e reviro os  olhos constrangida. Posso sentir as maçãs do meu rosto queimarem.

— Você não devia ter feito isso. — Asseguro erguindo meus ombros e quase sumindo entre eles — Eu queria conversar com você.

— Sério? Foi mal. — Pediu, Dylan manteve o rosto sério na cama se sentando em frente á mim. — O que queria conversar?

Sinto nossa aura tão leve essa manhã que já não sinto vontade alguma de conversamos sobre o que aconteceu ontem no corredor.

— Esquece. — Molho meus lábios após encarar os seus.

Deixo simplesmente a angustia do dia passado para trás e me inclino para beija-lo. Seus lábios macios e quentes entraram em sincronia com o meu com uma grande mistura de calor e doçura.

Sua mão aspera invadiu minha nuca, passando-se por dentro dos meus cabelos e ofego entre o nosso beijo.

Aquilo havia me deixado fervendo e
simplesmente nos deixamos levar pelo calor naquele momento.

Após passarmos ponto, percebi o quanto estávamos atrasados.

Naquele dia, novamente me sentei em uma moto. Foi o único jeito de não perdemos a segunda aula. Dificilmente nos livramos das broncas, mas ao menos conseguimos chegar.

— Sério, vocês se atrasaram muito!
— Comentou Bruce de boca cheia, ao sentir malícia em seu tom, ergo meus olhos violentamente, espantada por ele comentar esse assunto novamente — Como sua moto quebra do nada?

— Eu também não sei, foi realmente do nada. — Dylan mentiu sinicamente.

Seus olhos intimidantes esbanjam total malícia enquanto encaram os meus olhos. Um riso de cumplicidade constrangido brilhou em seus lábios.

Termino meu almoço me lembrando de como tudo saiu do controle pela manhã. É perigoso ficarmos sozinhos. O sinal pós almoço tocou e os rapazes limparam suas bandejas.

— A Carly faz muita falta... não que ir ver nosso treino para você não ficar sozinha? — Indagou Dylan levantando-se.

— Claro, depois eu apareço.
— Digo, acompanhando seus movimentos, nossos olhos congelaram em pura sincronia e as batidas do meu coração se alteraram.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now