08

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O sinal da escola soou como um raio entre nós, nos separando.

— Tenho coisas a fazer antes da primeira aula, vou pegar meus horários e ver quem são as novatas. — Charlie desviou seus olhos de mim e os manteve em Dylan bravamente.

Nunca a perdoarei.

— Nos vemos na aula, amor. — Charlie fez a questão de segurar a jaqueta de Dylan e o beija-lo com vontade na minha frente.

— Fala serio. — Revirei meus olhos.

Os outros amigos de Dylan saíram restando só Bruce, que me olhou fazendo um sinal de nojo,  apenas ri baixo.

Ao menos eu não era a unica a me enojar, com aquela cena deploravel.

Charlie deixou os lábios de Dylan e seguiu andando pelo corredor, me deixando com os rapazes.

— Qual é a de vocês, em? — Perguntou Dylan.

— Não é da sua conta, nem de ninguem. — Exasperei. — Você nem me disse que tinha namorada...

Revelei, quase gritando, então guardei meus sentimentos ficando calma.

— Não achei que precisasse.

— Apenas deixe a porra dessa garota, longe de mim... —
Suspirei olhando pensativa para baixo — Isso foi emoção demais para quem só entrou dentro da escola á 30 minutos.

Peguei minha mochila que estava no chão e pus em minhas costas.

— Bruce, pode me levar até a sala do diretor?

— Claro. — Respondeu simpaticos.

—  Minha mãe disse que eu deveria ir na direção pós-chegada — Argumentei.

— Achei que eu deveria te ajudar hoje. — Alegou Dylan.

— Era, você nem me trouxe no colégio. Pode se ocupar com a Charlie. — Comecei a andar e Bruce posicionou-se ao meu lado.

— Vocês pareciam um casal. — Ele riu — Qual é a sua? — Perguntou Bruce.

— A minha? — Indaguei
desentendida.

— Garota bonita, solteira r barraqueira? Afinal, o que houve entre você e a Charlie? — Perguntou coberto de dúvidas.

— Para ter charme é preciso ter segredos, docinho. — Ri — Brincadeira, sou solteira faz menos de um mês, mas queria ter honra de nunca ter tido namorado e para não ver o lado barraqueira, deixe Charlie longe de mim.

— O que houve com a parte do seu ex namorado? — Bruce perguntou.

— Pergunte ao Dylan, ora... — Respondi apreensiva.

— Vocês já namoraram? — Perguntou espantado.

— Não, está doido, usando droga, Bruce? — Repreendi-o.

— Que susto... — Ele suspirou —
  Não seria tão chocante. Vocês dois não são realmente parentes.

O pior é que nesse caso, o abobado do Bruce estava certo. Não que eu chegasse a cogitar essa idéia.

— Entregue. — Ele apontou para porta de um jeito, majestoso —
Sã e salva das ruínas do colégio.

— Obrigada Bruce e até mais. - Me despedi e entrei, rapidamente, me deparando com um senhor de cabelos grisalhos usando terno e gravata.

— Hã... — Grunhi chamando sua atenção. — Bom dia diretor.

Ele me encarou.

— Sou Mendy. — Apresentei-me
— Mendy Lintz.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now