Meu meio irmão! [EM REVISÃO]

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Brinquei passando lentamente a ponta dos meus dedos entre as folhas do gramado verde. Meu desânimo apenas se aumenta conforme o silêncio dos meus amigos pesa após a revelação da carta de Charlie.

Por sorte tive a idéia de conta-los depois do colégio ou aposto que, esse clima tenso ficaria durante o dia inteiro. Afinal, podemos não ter convivido por anos em grupo com Charlie, mas ontem, sua aproximação com todos foi muito clara.

Ergui meus olhos do gramado ao resto do parque vazio, imagino que  ninguém ousou vir aqui hoje para atividades divertidas graças a nublação do dia.

Mordo meus lábios encarando os
olhares inespressivos dos meus amigos sentados ao meu redor. Aparentam estar tão confusos quanto eu.

— Eu espero... — A voz serena de Carly nos fez encara-la — que ela fique em paz consigo mesma. — Relatou desconfortável e coça seu nariz, todos concordaram com gestos simples. — Bom, — A hesitância tomou sua voz — ela vai estar em um colégio feminino, então não será de todo mal. — Acrescentou, com um riso sapeca no canto dos lábios.

— Você não consegue ficar quieta, né?
—

Bruce a repreendeu, fazendo-a franzir a testa, parecendo pronta para retrucar e ela fez isso irônicamente.

Porém, minha mente a ignorou após meus olhos seguirem Dylan que passou lentamente entre nós, deixando um lugar vazio ao meu lado.
Sua reação após a carta foi uma surpresa, nunca imaginei que ele ficaria fechado ou chateado quanto a isso.

Fico de pé para caminhar em direção a Dylan e deixar o casal com a companhia apenas um do outro.

Aproximo-me delicadamente da mesa de piquenique bastante distânciada de onde estávamos. Dylan está sentado com as mãos dentro dos bolsos da sua jaqueta vermelha quase sangue, e branca. Seu semblante está fechado.

Ofeguei depois de parar ao seu lado, hesitando em toca-lo ou não, pouso minha mão em seu ombro de um modo que fosse doce e confortável.

— Ei... tudo bem? — Digo e tento fazer com minha voz saia tão acolhedora quanto a de Carly a pouco tempo. Infelizmente meus ofegos de insegurança me fizeram falhar. Um murmúrio concordante formado de um "uhum", deixou a boca de Dylan, fazendo com que eu ofegasse de preocupação. — É porquê a Charlie foi embora? — Não pude evitar de deixar um tom de insegurança visgar minha voz.

Um sorriso entristecido tomou seus lábios finos e seu rosto se virou brevemente para mim pela primeira vez depois da nossa aproximação.
Seu sorriso não consegue ocultar a confusão em seus olhos.

— Não é apenas por isso. — Contou, nesse meio tempo retirou suas mãos da jaqueta e passou um dos seus braços por minha cintura, sua pele quente se chocou com a minha.

— Me diga... — Peço com o tom calmo.

— Quando estávamos juntos... — Engulo seco ao escutar aquelas palavras. É difícil pensar que isso aconteceu. — Ela era um garota muito exigente e na maioria das vezes poderia dizer-se fútil, mas também há momnetos que éramos muito próximos, ela até me ajudava um pouco. Não dá pra acreditar que aquilo era apenas uma máscara dela.

— Não disse que, o que aconteceu entre vocês não significou nada? — Indago e logo comprimi meus lábios adicionando aquela pergunta a lista de coisas que eu desejaria nunca ter dito após eu receber um olhar entendiado de Dylan. — Desculpe, — Peço franzindo o rosto e recebendo uma erguida de sobrancelhas intimidantes — eu não