Caminhei por um extenso corredor armarios de itens pessoais, encontrando ao final Dylan, frente ao espelho com os punhos cerrados sobre a pia.Havia um hematoma quase roxo acima da sua bochecha e um corte ao canto do seu lábio inferior.
Cheguei de mansinho, tentando não chamar sua atenção.
- Eu acho que devíamos limpar isso... - Disse pontando para o seu corte no espelho.
- Mas que droga você quer!? - Dylan se virou bruscamente gritando.
- Eu quero saber o que aconteceu lá fora! -
- Berrei sobre o seu tom de voz.- É tudo culpa sua. - Ele deu um passo a frente, fazendo-me afastar. - Desde que você chegou eu já bati naquele cara,
duas vezes e parece que ele não aprende.- Então eu te obriguei? - Questionei Incrédula.
- Não, é só que... desde que você entrou na minha vida, ela virou de cabeça pra baixo! - ele fechou o cenho.
Aquilo foi como um baque. A única pessoa que eu sentia que mais me apoiava nos últimos meses, acabou de me cortar, com simples palavras.
- A sua vida vida virou de cabeça pra baixo? - Questionei com a voz embarganhada. Ele me olhou com expressão triste,
parecendo arrependido do que havia dito. - Eu mudei de bairro, deixando todos os meus amigos pra trás, pra viver com o marido da minha mãe e o filho babaca dele, o meu ex-namorado tentou me estrupar e eu encarando isso ou não, é uma realidade.- Mendy... - Antes dele tentar balbuciar outra palavra após meu nome interrompi-o.
- Além de que, comecei meus estudos numa escola nova onde reencontrei a vadia que praticou Bulling comigo após a morte do meu pai. Então, vamos, diga que sua vida está cabeça pra baixo.
- Falei com os braços cruzados.- Desculpe... - ele sussurrou.
- Tudo bem. - Parei de falar, me dando um tempo para respirar. - Só... fique com a solidão e os seus machucados.
- Não jogue a culpa só em mim, você me ignorou o dia todo!
- Desculpe se você é bom em fingir que nada aconteceu quando se beija alguém, eu não sou! Você apenas joga um balde sarcasmo e acha que tá tudo bem, que nada vai ser estranho.
Ele se calou subitamente, desviando o seu olhar, sentando-se em um banco extenso de madeira.
Me sentei ao seu lado, tentando estabilizar a paz.
- É só que... - Interrompi-o.
- Esqueça, não precisamos conversar sobre isso. - sorri tentando tranquiliza-lo. - Só não grita mais comigo, se não, eu vou socar a sua cara.
- Não, vou, desculpe. - Ele levantou as mãos ao alto, sorrindo.
- Vamos limpar isso... - Toquei no hematoma em sua bochecha.
- Aí, droga!. - ele hesitou com o rosto, ri em resultado da sua dor.
- Você é sádica? - Ele disse acompanhado de pequeno riso.
Peguei a bandana que estava presa á minha calça e fui molhei-a na pia.
- Posso? - Dito isso, estendi a bandana quase perto do seu rosto, Dylan assentiu com um Uhum.
Assim que encostei a toalha molhada na pele de Dylan na região do hematoma, ele hesitou, gemendo.
- Desculpe - sorri.
- É, você é sádica.
Empurrei o pano contra seu machucado propósitalmente e não precisei contar até três pra ele gritar um "Aí!".
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Meu meio irmão! [EM REVISÃO]
RomanceO Ensino médio tende a ser o caminho mais turbulento da adolescência, mas para Mendy, acaba virando bem mais do que isso. A adolescente vive juntamente a sua mãe - A qual tem um relacionamento extremamente complicado - após seu pai morrer aos beirad...