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Narrado por,
Carly S.

Há cerca de 30 minutos, deixamos Larissa em frente à sua casa.

Apesar de ter eu sido objetiva e dizer que meu pai havia me dado horário, ele insistiu e disse que havia uma surpresa, para mim.

Bruce parou o carro. O encaro intrigada. Sequer conheço onde estamos, eu acho. Para me certifircar, olho pelo vidro. Há apenas árvores a nossa volta.

Se eu não o conhecesse bem, diria que me trouxe aqui apenas para darmos uns pegas.

- O que foi? - Indago. Movo meus olhos, confusa.

Ele suspirou.

- Vamos, desce do carro. - Bufou, abrindo a porta do carro e descendo em seguida. Apenas o sigo.

Meus sapatos afundaram na terra fofa e sacudo meus pés tentando tirar a terra.

Bruce aponta um caminho, com a ponta da cabeça e vai por esse mesmo lado, adentrando da floresta. Talvez ele esteja planejando o meu assassinato.

- Qual é, Bruce... - Resmungo após sentir que já passaram cinco minutos que estamos andando.

- Espera, Carly! - Retrucou, repuxando o galho de uma das árvores para passar sem dificuldade.

- Eu só quero saber o que estamos...
- Minhas palavras foram sugadas quase bruscamente.

Aquele nosso caminho, deu em um imenso lago. Apenas a lua iluminava aquele lugar. Estava vazio. Emanando paz.

Era um lago, brilhante graças a luz da lua. E no centro da floresta, quase escondido todos.

Bruce para ao meu lado, mas ainda não tenho palavras, estou estagnada com lugar.

- O que viemos fazer aqui? - Pergunto e ele dá ombros. Suas mãos estão enfiadas no bolso do seu moletom.

Bruce começou a caminhar em direção a um deque de madeira, um que, posso jurar que vai até o centro do lago.

Nos sentamos na ponto deque. Se ele fosse mais baixo, nossos pés estariam tocando a água.

Imagino que a qualquer momento o Jason poderia aparecer, como em um dos filmes e nos puxar para dentro d'água.

- Meus pais se conheceram aqui, - Comentou e seu expressão pareceu quase estar em paz. - em uma festa da faculdade...

- Sério? - Indago e ele assente - Que incrível. - Meus olhos se movem novamente para examinar o lugar.

É incrível tonalidade da cor que lago mostra á noite, é um verde ou azul-escuro? Eu não sei dizer, mas adoraria ver pela manhã.

Bruce pigarreia.

- Então... - Me movo para mais perto do seu corpo e nossos ombros se encostam. - Por que me trouxe aqui?

Ele pareceu pensativo por alguns instantes.

- Sabe, minha mãe dizia que, quando ela me teve... eu virava a casa de cabeça pra baixo. Ela tinha que pensar em em muita coisa ao mesmo tempo. Na faculdade, em mim e no meu pai... - Ele moveu seus olhos para a água por alguns segundos. Provavelmente por sua história com seu pai. Ele me contou tudo rasamente, apenas que ele fugiu com uma oxigenada. - Então, ele a trazia aqui, para simplesmente escuta-la.

Era uma história realmente tocante, se eu não soubesse final. Expiro profundamente.

- Então, estou aqui pra te ouvir. - Sorriu e meu coração pareceu se derreter, como um cubo de manteiga.

- Você sabe, Mendy ainda gosta do Dylan... e assim por diante. Mas essa perda de diálogo entre os dois, não vai dar nada certo. - Bruce anuiu. - Ela me ajudou... então quero retribuir o favor, de novo.

- Então, o que você quer fazer?

Sorrio, maldosa. Bruce me encara desconfiado e me convenço de que talvez eu tenha reproduzido o riso do diabo.

Eu já havia pensado em algo, tenho isso em mente desde que ela acordou. Entretanto, não imaginei que eu iria chegar ao ponto de ter que colocar isso em prática.

- Será que Dylan está acordado agora? - Questiono.

Bruce confirma, um pouco hesitante.

- Parece que vamos á casa dele. - Comento e ambos nos levantamos.

- Fazer o que? - Indago.

- Digamos que vamos plantar uma semente. - Ele me olha intrigado
- Vamos, eu te explico no caminho.
- Começo a andar em direção ao início do deque.

- Seu pai não vai ficar bravo?

- Você devia ter me pedido em casamento aqui. - Digo e seus olhos quase pularam para fora. Me pergunto como não foi possivel
escutar as batidas do seu coração. - Meu pai não ficaria zangado se você fosse meu noivo.

- Quem sabe daqui à alguns anos. -
Disse como quem não quer nada. Um riso de canto brinca em seus lábios.

Em um ato de carinho, me viro e desvio um beijo gentil na sua bochecha. Uma coloração rosada atingiu seu rosto e gargalho.

- Adiante os passos, cupido! - Grito chamando-o enquanto adentro a floresta.

Nos encontramos no carro e fomos á caminho da casa de Dylan.

Eu apenas torço que a semente que estou indo plantar, floresça maravilhosamente na cabeça de Dylan amanhã.

#81

Estamos no final socorro :(

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now