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Maldita semana. Nunca odiei tanto estar em um hospital. Há anos fiquei hospitalizada, mas não lembro que foi tão entediante.

Nesse meio tempo, consegui ver todas as matérias que falavam sobre Bruno e o roubo milionário que sua empresa talvez causaria.

Finalmente soube o que deu errado naquela noite, e o porquê Bruno não foi preso. E foi tudo graças a uma pessoa, seu segurança bocudo.

O homem contou que todos sabiam sobre o desvio, porém, alguns caras quiseram arriscar. Infelizmente, Bruno não foi um desses, ou meu destino naquela noite teria sido diferente.

Policiais vieram aqui, queriam respostas sobre Martha, e não me poupei em detalhes.

Assim como vasculharam a ex-casa de Bruno e encontraram o verdadeiro documento de óbito, aconteceu o mesmo com Martha, só que acharam dinheiro sujo. Tudo denunciado pela belíssima, Carly.

Meu advogado disse que, há mais de tudo dar certo, do que um
homossexual transformar-se em hetero. E como isso é impossivel, sugiro que iríamos vencer quando eu fosser depor contra Martha.

Acabo por guardar minhas ultimas peças intimas na mochila e em seguidas fecho o seu zíper. No dia de hoje eu havia tomado alta,
finalmente eu estava livre deste lugar, com direito a volta apenas para retirada dos pontos.

Puxo a alça da minha mochila, retirando-a do sofá, pronta para colocá-la em meu ombro. Entretanto,
uma dor aguda disparou, abaixo do meu curativo, grunho imediatamente soltando a mochila.

Mas, antes que ela caisse no chão um braço masculino a segurou.
Meu coração se apertou, como se eu estivesse socando-o dentro de uma caixa minúscula, porém a medida que me movi a procura do rosto da pessoa, meu coração tornou-se estável novamente.

- Alguém devia te ajudar com isso, não? - Perguntou Evan, dando um sorriso que apenas não era mais chamativo que seu cabelo ruivo recém-pintado.

Fomos vizinhos de quarto nos últimos três dias, ele também levou um tiro, só que no pé. Apenas ficaria por pouco tempo.

- Está tudo bem. - Asseguro, tomo a mochila da sua mão e coloco-a no meu ombro direito. - Vejo Evan agora se apoiar certamente na bengala - Minha mãe está me esperando, já vou indo... - Digo e ergo meu pulso para cumprimenta-lo com um toca aqui que ele corresponde. Ambos sorrimos um ao outro antes que eu abandonasse totalmente o quarto.

Quando minha mochila caiu, por um momento, senti meu oxigênio diminuir para menos cem, imaginei que fosse outra pessoa. Dylan não veio me visitar e me pergunto o que se passa por sua cabeça.
Ele está em primeiro na minha lista de desejos, e isso estava me deixando paranóica.

Caminhando para o elevador, tive a oportunidade de agradecer algumas enfermeiras que cuidaram de mim. Elas foram extremamente agradáveis.

Saio do elevador, ansiosa para voltar ao mundo lá fora. Aproximando-me da recepção, posso ver um grupo de rostos conhecidos próximos da saída. Um sorriso que deixavam meus olhos pequenos me iluminou e tentei parar meu sorriso mordendo meus lábios, mas era impossível.

- Eu não acredito que todos vocês vieram. - Digo e imediatamente sinto minha bochechas corarem. Caminho na direção de todos, escutando os
gritos eufóricos dos meu amigos.

De canto, minha mãe observava tudo com leveza nos olhos.

Todos estavam aqui, Bruce, Carly e Larissa, menos... Dylan. Porém, não seria isso que iria me desanimar.

Por ordens da minha, um por um se aproximou para me abraçar, preocupada com a algazarra que aconteceria com um abraço entre todos.

Carly foi a primeira e fiz questão de murmurar agradecimento durante nosso abraço. Ela apenas anuiu enquanto se afastava. Bruce aproximou -se de mim com um sorriso agradevelmente gentil, como sempre.

Meu meio irmão! [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now