Capítulo 11

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— Você vai montar um álbum inteiro só com fotos dessa parede? — Yoongi perguntou de onde estava sentado.

Suran não o respondeu. Ela estava há quase quinze minutos batendo fotos das mãos coloridas de Taeshin, Seokjin e Jimin na parede do estúdio, tendo descoberto essas assim que chegou. De vez em quando, fazia algum som animado e comentava algo sobre aquilo ser muito fofo. A mulher bateu uma última foto, voltou-se para Yoongi com um enorme sorriso e disse em uma voz cheia de animação:

— Eu quero tanto conhecer seu filho, Yoongi-ah. Por que você não o trouxe?

— Primeiro porque eu não sabia que você ia aparecer aqui do nada. Quem te deu o endereço do estúdio? — Yoongi perguntou ao se levantar com o objetivo de trazer a cadeira de Namjoon para que Suran pudesse se sentar.

— Namjoon-ssi. Eu disse que queria falar com você, mas você nem mandar um pombo correio manda. — Suran disse em um tom de reprovação que Yoongi ignorou. Ela largou-se na cadeira e o Min reparou que tinha a foto da mão de seu filho postada no Instagram com um monte de coraçõezinhos como legenda.

— Eu esqueci. — Yoongi não estava mentindo. Tinha ficado tão agitado com a festa de dias das mães, o reencontro com Jungkook e os outros problemas diários de sua vida que acabou esquecendo completamente de contatar a moça. — Além disso, meu amigo está de folga hoje e inventou de levar o Tae ao shopping.

Suran imediatamente ergueu os olhos do celular com as sobrancelhas arqueadas. Uma placa de "aviso: perigo" praticamente começou a brilhar em cima da cabeça dela quando Yoongi encontrou sua expressão sugestiva. Lembrou-se imediatamente daquela mesma expressão aparecendo no rosto da mais velha quando eram menores e Yoongi conversava com alguma menina na escola, enquanto esperava a mais velha chegar para irem embora, e, na volta para casa, Suran fazia um questionário inteiro sobre ela.

— Nem vem. Jin hyung é só meu melhor amigo. — Yoongi tratou de tirar os pensamentos da cabeça dela e ganhou um sorriso traquina de criança em resposta.— Nós nos conhecemos quando me mudei para Seul e hoje moramos juntos. Ele me ajuda bastante com o Taeshin.

— Esse Jin é uma das mãos daquela parede? — Suran perguntou, interessada. O mais novo dos dois apontou para a marca de Seokjin. — E a outra? De quem é?

— É do Jimin. Ele é uma coisa de cabelo vermelho que o destino jogou na minha vida para cuidar. Às vezes, me dá mais trabalho que o Tae. — O Min explicou e, embora seu tom fosse de aborrecimento, sabia que não trocaria Park Jimin por nada naquele mundo.

Yoongi era feliz com a família que tinha e, por mais que esta lhe causasse mais problemas que o normal e às vezes ele desejasse poder chutar cada um de uma varanda alta, não viveria sem nenhum deles.

— Você parece ter amigos maravilhosos, Yoongi-ah. — Suran disse com um sorriso orgulhoso. Estava feliz por seu amigo de infância ter uma vida boa na atualidade, mas havia outro detalhe que ela nunca deixaria passar. — Mas e a famosa vida amorosa, hein? Como anda? Quer dizer, você não tirou o Taeshin de uma árvore, né?

Yoongi sentiu seu rosto ficar absurdamente vermelho e isso pareceu satisfazer a mais velha, que não tirava os olhos dele. O Min sentia-se um adolescente de novo, sentado na mesa de jantar com Suran e sua mãe, ambas fazendo perguntas evasivas sem nenhum pudor enquanto ele queria poder ser capaz de derreter.

— Aish, noona, pode passar trinta anos e você continua a mesma fofoqueira de sempre, não é? — O músico resolveu escapar das investidas da mulher com um comentário sarcástico.

O que, obviamente, não funcionou.

— É crime querer saber quem andou beijando essa boquinha pequena do meu saeng? — Suran fez um bico patético com os lábios marcados pelo batom vermelho.

Segundo tempoWhere stories live. Discover now