Capítulo 15

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Na maioria dos dias, Yoongi apreciava o próprio trabalho. Ele não estava satisfeito a ponto de afirmar que gostaria de continuar onde estava por vários anos, mas isso porque seu atual chefe explorava demais e pagava de menos. Tirando esse pequeno detalhe, Yoongi estava bem: gostava do estúdio que dividia com Namjoon, gostava do trabalho em sociedade que tinha com o Kim. A única coisa que o Min gostaria de mudar era de chefe, ou então finalmente ter dinheiro suficiente para investir no sonho da própria gravadora, que ele e Namjoon tanto falavam sobre, mas que, infelizmente, ainda não eram capazes de tirar do papel e colocar em prática.

Na maioria dos dias, Yoongi apreciava o próprio trabalho. Mas. Porém. Contudo. Entretanto.

Na maioria dos dias, Yoongi apreciava o próprio trabalho, mas aquela semana estava se provando um verdadeiro desafio: os horários do Min geralmente eram flexíveis, porque, como compositor, ele precisava ter o próprio tempo, trabalhar no próprio ritmo se quisesse que algo plausível saísse das suas criações. Seu chefe entendia isso, pelo menos quando Namjoon e Yoongi estavam produzindo para qualquer artista que não fosse Shin Suran.

A carreira em ascensão da jovem mulher e a oportunidade do novo álbum ser produzido pela gravadora do Jo Dakho eram motivos o suficiente para o empresário não dar descanso para os dois produtores musicais. Yoongi já estava acostumado com esse abuso porque as épocas que antecediam comebacks eram sempre assim, porém dessa vez o jovem pai se encontrava profundamente incomodado porque estar ocupado com trabalho lhe impedia de marcar o tão desejado encontro com um certo jogador de beisebol.

Quer dizer. Um meio encontro? Uma saída casual? Yoongi não tinha certeza se uma ida ao parque de diversão com crianças poderia ser classificada como um encontro, mas ele não trocaria aquela oportunidade por um jantar clichê à luz de velas, nunca.

Não que ele já tivesse imaginado como seria sair para um lugar romântico e tranquilo com Jeon Jungkook. Longe disso.

— Suran-ssi, espera um pouco. — A voz calma de Namjoon tirou o Min dos próprios devaneios. — Yoongi-ah, a batida está muito alta, você não acha? A voz da Suran-ssi ficou meio apagada nesse verso.

Yoongi acenou positivamente e mexeu em alguns botões do equipamento, colocando para rodar a musica novamente.

— De novo, por favor, noona.

Não era porque Yoongi havia crescido com a mulher, mas ele realmente estava gostando de trabalhar com a cantora. O fato dela também ser compositora em muito facilitava o trabalho dos produtores, porque era como se o trio estivesse em sintonia. Suran tinha os pés no chão, sabia as próprias limitações e tinha senso do ridículo. Yoongi e Namjoon já precisaram engolir tantos idols em ascensão cheio de si, que se recusavam ouvir pessoas mais experientes que eles no ramo e como o senhor Jo não gostava de contrariar os próprios artistas, muitas faixas ridiculamente bregas eram lançadas e carregavam vergonhosamente o nome de Namjoon e Yoongi nos créditos.

Com Suran era diferente. Tanto Namjoon quanto Yoongi estavam ansiosos para ver os próprios nomes em letras pequenininhas nos créditos do álbum, porque o conteúdo era bom, passava uma mensagem importante ao público, ao fandom.

Os três estavam enfurnados de segunda a segunda em uma das salas de produção musical da gravadora fazia quase duas semanas. Suran chegava tão cedo quanto os homens, mas sempre saía mais cedo porque apesar de também estar ativamente envolvida com a criação das próprias músicas, ela também era uma idol e tinha uma vida pública para zelar. Já Namjoon e Yoongi se permitiam mergulhar de cabeça no trabalho, ficando horas e horas enfurnados no estúdio, e as poucas pausas que faziam era quando a própria Suran arrastava-os para comer algo na lanchonete do outro lado da rua, ou quando Jimin aparecia com alguma comida gostosa que Seokjin havia preparado e mandado para o namorado e para o melhor amigo.

Segundo tempoWhere stories live. Discover now