Capítulo 18

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A primeira coisa que a mente de Yoongi processou foi Jungkook. Fazia duas semanas que não se viam, então, tê-lo tão perto novamente, foi como se Yoongi tivesse sido atirado em uma piscina funda sem aviso prévio. Não teve muito tempo para voltar à superfície, porque seu cérebro logo processou a quantidade excessiva de pessoas parada na porta de sua casa e foi tomado por confusão, da qual também não conseguiu digerir porque uma voz exclamou atrás de si:

— Yoongi-ah, o Namjoon e o Jimin chegaram! Entra logo!

Então o Min fez a escolher mais sensata da situação: abriu espaço para que todo mundo entrasse logo e fechou a porta do apartamento rapidamente, sentindo o coração começar a bater tão rápido quanto os pensamentos que se embolavam em sua mente. Definitivamente não era aquela confusão que esperava quando começou a se sentir ansioso ao ouvir a campainha e vir atendê-la ciente de que se tratava de Jungkook.

— Hyung, mil desculpas. — Jungkook começou assim que Yoongi deu às costas a porta e voltou-se para ele, parado no corredor que levava até a sala. — Eu realmente tentei convencê-los a não vir, mas no dia que os dois me escutarem o sol provavelmente vai explodir e... — O jogador foi interrompido pela maçaneta da porta sendo movida e Yoongi decidiu tomar a segunda decisão sensata do dia: agarrou o Jeon pela mão e correu com este até a sala, onde os outros se misturavam em uma bagunça de corpos e apresentações.

Yoongi e Seokjin não eram mestres da decoração e, definitivamente, Taeshin não contribuíra ao passar boa parte da tarde tentando estourar os balões vermelhos que os mais velhos enchiam ou se enrolando nas fitas que o Kim comprara para amarrar os balões nas paredes, mas, na humilde opinião do produtor, eles não tinham feito um trabalho ruim. Além disso, o cartaz escrito "Feliz aniversauro, Chimi" nas letras garrafadas com giz de cera e pertencentes à Taeshin, pendurado em cima do sofá, com certeza era a cereja do bolo.

Shh, eles estão aqui. — Yoongi repreendeu todo mundo e o momento em que o barulho morreu foi o instante em que a porta foi aberta e a voz de Jimin reclamando sobre algo com Namjoon tomou o espaço.

Devido à exaltação, Yoongi não reparou que ainda segurava a mão de Jungkook, mas este notara. Notara os dedos finos e grandes de seu hyung abraçando sua palma com força, o modo como a mão dele parecia abrigar a sua e a pele morna entrando em choque com a sua fria por conta do ar condicionado de seu carro. Tudo isso formando a fórmula perfeita para causar um colapso em Jungkook, o qual sentia seu coração bater tão forte que tinha certeza que, se não fosse pela voz de Jimin preenchendo o silêncio, todos seriam capazes de escutá-lo com clareza.

— Tenho certeza absoluta que você podia ter vivido uma vida longa e feliz sem aquele maldito fone de ouvido e a gente não ia precisar voltar no shopping só para... — Jimin surgiu na sala com o olhar ainda em Namjoon, atrás de si, reclamando revoltado e carregando sacolas em mãos.

SURPRESA! — O conjunto de vozes se elevou pela sala, assustando o garoto e fazendo-o largar todas as sacolas no chão e saltar para atrás de Namjoon em busca de proteção.

— Jesus Cristo, o que é isso? — Os olhos de Jimin passaram por todos os presentes na sala antes de pararem no Kim ao seu lado, como se ele fosse o responsável pela situação. — Surpresa? Por que surpresa? O que você fez, hyung?

— Por que eu tenho que ser o culpado de alguma coisa? — Namjoon tentou se defender, ofendido com a acusação sem fundamento.

Yoongi finalmente largou a mão de Jungkook, apenas para ir até Seokjin e dizer com um enorme sorriso vitorioso no rosto:

— Eu disse que ia dar certo e ele ia ficar surpreso, pode passar meu dinheiro.

Ele tinha a mão estendida na direção do mais velho, enquanto este simplesmente cruzara os braços e decidira ignorar a existência do amigo à sua frente.

Segundo tempoUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum