Capítulo 37

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Min Yoongi não havia percebido que estava tão sorridente e de bem com a vida até seu melhor amigo e companheiro de trabalho, Kim Namjoon, pontuar diretamente.

— Estou ficando meio assustado com essa versão sua. — O produtor mais novo se aproximou dizendo, cenho franzido na direção do hyung. Yoongi estava colocando a última mala no porta-mala de um dos táxis que levariam a turma ao aeroporto e, quando finalizou o serviço, lançou um olhar intrigado ao amigo.

— O quê?

A expressão concentrada de Namjoon se desmanchou em um sorriso implicante.

— Esse sorrisinho aí, no canto da sua boca. Acho que nunca te vi sorrir por mais de cinco minutos consecutivos. É meio aterrorizante.

O dito cujo sorrisinho caiu no exato momento em que Yoongi percebeu que estava sendo zoado, mas suas bochechas também ficaram um pouquinho avermelhadas porque ele sequer sentiu que estava sorrindo tanto assim. Não era um sorriso completo, cheio de dentes e gengivas, mas um inclinar de boca sutil que, nas feições usualmente neutras ou sonolentas de Min Yoongi, faziam total diferença.

— Eu não estava sorrindo e você deveria ter mais respeito com seu hy...

— Com meu hyung, porque você é super velho e ancião. — Namjoon completou com um revirar de olhos. Aquela fala já lhe era tão conhecida, repetida durante anos desde o início da amizade deles, que já nem conseguia levá-la a sério. — Claro, claro, não está mais aqui quem falou. — Yoongi cerrou as sobrancelhas para o amigo, desconfiado. Namjoon não iria desistir facilmente daquela implicância, iria?

Talvez fosse porque eles estavam quase em cima da hora para partir. Ainda precisavam realizar o check-out na hospedagem e reunir todo mundo, ou porque talvez Namjoon não visse graça em zoá-lo ali, sozinho, sem o entusiasmo e intrometimento dos outros cinco amigos. Fosse o que fosse, Yoongi estava contente por não precisar fingir neutralidade e calmaria quando sabia muito bem o porquê e quem era responsável por aquele sorrisinho bobo nas próprias feições.

— Combina com você, hyung. — A voz de Namjoon se fez ouvida, um pouquinho mais distante, conforme ele se afastava caminhando de costas e com as mãos enfiadas nos bolsos do moletom. — O sorrisinho e o Jungkook-ssi também.

Para essa afirmação, Yoongi não conseguiu disfarçar. O coração vibrou no peito em uma mistura de felicidade e empolgação, os lábios se abriram em um sorriso completo, mostrando gengivas e dentes em uma demonstração de toda a felicidade que sentia vibrar no peito.

— Vai chamar os outros, se não vamos nos atrasar — pediu e, entre os dois, aquela era sua maneira de dizer obrigado.

Ir embora deu mais trabalho do que o esperado. Eles já tinham realizado o check-out e estavam quase saindo quando Jimin notou a ausência dos seus óculos de sol e implorou para que esperassem cinco minutinhos enquanto subia no quarto da pousava e vasculhava o local à procura do objeto. Eventualmente, os cinco minutinhos se tornam dez, Seokjin começou a reclamar impaciente e Taehyung precisou ir atrás do Park para ajudá-lo na procura. Eles encontraram os óculos e finalmente puderam partir na direção do aeroporto, Yoongi, Taeshin, Jungkook e Hyerin em um táxi e os demais em outro.

Taeshin reclamou durante todo o caminho, insatisfeito por precisar ir embora. Disse para o pai que quando crescesse seria um cuidador de caranguejos, assim poderia viver na praia para sempre. Já Hyerin estava ansiosa para partir, no último dia reclamou a tarde inteira de saudades da Jihyo unnie e da mãe, com quem não conseguiu falar muito enquanto estivera ali.

Segundo tempoWhere stories live. Discover now