Capítulo 75

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Cap 75


Por Colin 

Perdi completamente a cabeça quando fui ao apartamento do Guzman e encontrei a Maya lá,quase sem roupa,com o cabelo molhado e com a pele de porcelana marcada pelos chupões dele. Eu enlouqueci ao pensar nela nos braços dele,ao vê-lo defendê-la com tanto afinco e ao ouvi-la falando que eu não sei de nada do que acontece entre os dois,sugerindo que existe um sentimento.

Tenho plena convicção de que errei quando falei daquela forma com ela,quando a ofendi porque ela transou com o Guzman. Não tenho direito de me meter na sua vida,não quando fiz o mesmo com sua irmã,não quando deixei ela em coma no hospital e aceitei me casar com outra mulher,não quando desisti de nós depois de prometer nunca parar de lutar. Mas eu não pude me segurar,sentia como se meu coração estivesse sendo arrancado do peito e precisava fazer alguma coisa,mostrar que ela está errada. 

Uma coisa que também me tocou foi perceber que sinto falta da amizade do Guzman,que se fosse em outras circunstâncias,se não fosse tudo tão confuso,nós poderíamos nos sentar e beber juntos,desabafar sobre tudo o que está acontecendo nas nossas vidas e trocar conselhos. Mas agora não posso fazer isso, não acho que consigo porque sinto vontade de matá-lo ao pensar que ele esteve com a Maya,que a tocou e beijou. 

Sai do apartamento do Guzman me sentindo pior do que um verme,envergonhado por ter agido feito um adolescente,humilhado pela situação em que me coloquei e destruído por ter flagrado os dois juntos,por confirmar que perdi totalmente o respeito da Maya. 

Cheguei em casa,tomei um banho para tirar o sangue do rosto,pedi gelo para colocar no olho e vim beber no meu escritório. Sei que já passei a noite toda bebendo com a Alana mas não me importo,preciso esquecer a cena que presenciei. 

Pego meu whiskey,me sento na cadeira atrás da minha mesa e penso no quanto sou um homem patético,em como foi que permiti que minha vida se tornasse essa tragédia.

Eu passei a noite com uma mulher linda,com a minha noiva,transei com ela,senti prazer no corpo dela,mas tudo o que mais queria era ter a Maya no lugar dela. Acusei a Alana de ficar comigo pensando no Guzman,fui grosseiro ao revelar que ela me chamou pelo nome do ex mas fiz a mesma coisa,imaginei sua irmã nos meus braços. 

Só de lembrar das vezes que toquei a Maya, das vezes em que ela esteve entregue nos meus braços,de quando ela brigou comigo  porque não queria parar,queria ficar no meu abraço,queria ser minha. Me sinto um idiota,o homem mais burro de todo o planeta. 

A Maya sempre foi uma mulher difícil,perigosa demais para minha paz de espírito. Eu nunca devia ter cogitado a ideia de me casar com ela,nunca devia ter feito planos e sonhado em construir uma família,mas agora è tarde,eu a amo e não sei o que fazer,não tenho a menor ideia de como lidar com isso. 

Quero ir atrás da mulher que amo,largar tudo e pegar ela de volta,mas como faço isso? Não posso abandonar minha família,não tenho o direito de arruinar a Alana e talvez a Maya nem me aceite de volta,eu já a magoei muito e não tenho certeza se ela pode me perdoar, se consegue fazer isso.

O coração realmente è um labirinto cheio de curvas e ruas sem saída. Eu corro por ele,me perco,me acho,me perco de novo e sempre volto ao mesmo lugar,sempre volto a grande dúvida inicial: será que luto pela Maya ou me entrego a Alana?.


Augusto : seu gelo - sua voz grossa soa perto de mim e me surpreendo ao olhar para cima e vê-lo parado de frente para minha mesa. 

Rainha dos diamantes Where stories live. Discover now