Capítulo 58

170 22 1
                                    

Cap 58 


Por Colin.

A Alana e eu nos vestimos rapidamente e viemos para o hospital sem nem lembrar de avisar nossas famílias,simplesmente não temos cabeça para mais nada além de chegar até a Maya e descobrir o que realmente está acontecendo.

Minha mente não para de gritar pra mim que eu devia ter impedido a Maya de ir até aquele lago,que eu devia ter me jogado na água e a tirado de lá. Sei que não faz nenhum sentido, que è irracional,mas sinto que o estado atual da minha ex è culpa minha. 

Dentro de mim tem uma verdadeira confusão de sentimentos. Eu estou assustado,estou com raiva,com medo,estou sentindo um tipo de aflição que não desejo nem ao meu pior inimigo e sinto que estou prestes a perder para sempre o grande amor da minha vida. 

Chegamos ao hospital em questão de poucos minutos e subimos direto para o andar que fica o quarto da Maya. Assim que saímos do elevador avistamos a Catharina chorando e sendo amparada pelo Victor. Ela está muito assustada,desesperada. 

Troco um olhar apreensivo com a Alana e fico um pouco receoso em me aproximar,sinto que algo ruim está prestes a acontecer e não sei se estou pronto para enfrentar isso. 

Minha noiva vai na frente e,assim que vê a enteada,a Catharina se desvencilhia do novo namorado e abraça a Alana. Essa cena,essa dor...isso não pode ser coisa boa. 

Respiro fundo,tento controlar meus nervos e venho de encontro a família Richter Campbell. O Victor me cumprimenta e vejo desespero também nos olhos dele,um desespero de um pai que não sabe o futuro da filha. 


Colin : o que aconteceu com a Maya? - repito a pergunta que fiz a Alana mais cedo. 

Victor : nós não sabemos. Estávamos com ela no quarto,ela estava ótima e aí… - ele trava. A impressão que dá é que é doloroso demais terminar a frase.

Todas as lembranças dos momentos que vivi com a Maya voltam a minha mente. O jeito petulante dela,o sorriso mais lindo que já vi,os beijos intensos,as risadas espontâneas e a forma sincera com que ela fala...Ah Maya, você não pode ir,não pode me abandonar.

Meu estômago fica embrulhado,um nó se forma na minha garganta e sinto como se meu peito estivesse sendo rasgado de dentro para fora. A dor è dilacerante,è a pior coisa que já senti. 

Eu nunca perdi alguém amado antes. Sempre imaginei que deveria ser um momento de total desespero,que todo o corpo seria tomado pela dor e pela angústia de tal forma que até o simples ato de pensar e respirar se tornaria insuportável,mas isso,o que estou sentindo,è mil vezes pior.

Alana : a Maya...ela...ela está… - ela tenta mas as palavras simplesmente não saem. 

Catharina : não,minha filha está viva - ela responde a pergunta que a Alana não fez. 

Um alívio enorme me inunda,o ar volta aos meus pulmões e mal percebo quando deixo algumas lágrimas escaparem. É como tirar uma tonelada das costas,como um remédio que alivia a dor de um ferimento profundo.

A Maya ainda não está segura,tenho certeza que o estado dela è delicado ou seu coração não teria parado,mas ela está viva e isso è o que importa agora. 

Rainha dos diamantes Donde viven las historias. Descúbrelo ahora