Capítulo 48

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Cap 48 

No dia seguinte.

Por Alana 

Sei que devia estar feliz e comemorando meu noivado com o Colin,afinal,foi isso que eu passei a vida toda desejando,foi por isso que travei uma verdadeira guerra com minha irmã, mas alguma coisa mudou nos últimos meses, eu já não desejo tanto essa união e não me vejo feliz ao lado do Colin.

Sei que tenho muitos traços de personalidade em comum com o senhor Romanov,nós nos entendemos e compartilhamos os mesmos sonhos,temos os mesmos planos,mas só isso não è o suficiente para me saciar,pelo menos não mais. 

Meu pai está eufórico com esse noivado,ele tem perturbado o Augusto desde que a Maya entrou em coma e finalmente conseguiu o que tanto queria. Ele ficou tão feliz com a ligação do Sr. Romanov que nem percebeu o meu desconforto,nem percebeu quando eu saí da mansão e o deixei na companhia do seu ego e do seu egoísmo. 

Peguei meu carro e resolvi fazer uma coisa que estava evitando há meses,resolvi ver a minha irmã e tentar convencê-la a acordar e me ajudar. 

Eu fiquei receosa em ver a Maya antes,nossa relação nunca foi das melhores e eu não sei se ela ia gostar da minha visita,também não tenho certeza de como vou reagir ao ver minha irmã numa cama de hospital. 

Tenho pensando muito nela desde que nos entendemos naquela tarde,queria acertar as coisas entre nós,tentar resgatar um vínculo que rejeitamos desde muito pequenas,mas de novo a história não aconteceu de acordo com o meu roteiro e eu a perdi antes mesmo de tê-la. 

Também sei que è besteira conversar com a Maya e tentar convencê-la acordar. Não sei nem se ela pode me escutar e,se pudesse,sei que a Catharina,a Camille e o Colin tentam despertá-la desde o momento em que ela foi envenenada. Mas é uma possibilidade que eu não posso ignorar,uma chance de ter o meu final feliz. 

Quando cheguei ao hospital tive que me identificar como irmã da Maya e esperar a autorização da Camille para poder entrar. O Colin fez uma verdadeira fortaleza para minha irmã e as visitas são restritas. 

Depois de alguns minutos minha visita foi liberada e eu subi até o andar que foi fechado exclusivamente para a senhorita Campbell e vim até o quarto dela,ao quarto em que ela está internada há seis meses. 

Levo algum tempo para criar coragem para entrar. Ela era uma menina cheia de vida,era alegre e agitada,deve ser uma sensação terrível vê-la deitada numa cama,imóvel e sem conseguir se comunicar. 

Quando finalmente abro a porta e entro no quarto fico surpresa ao ver tudo diferente do que imaginei. O que era para ser um quarto hospitalar frio e sem vida,se transformou em um ambiente arejado,bem decorado e cheio de flores,até o clima è diferente,é mais leve e tranquilo,transmite paz. 

Em uma cama que parece bem confortável,no centro do quarto e repousada sobre lençóis de algodão egípcio,está a minha irmã,a única pessoa no mundo que está há seis meses em coma e ainda consegue parecer um anjo de tão linda. 

Ela não tem um único fio de cabelo fora do lugar,está com a pele de porcelana corada, com os lábios naturalmente avermelhados e tem a expressão tranquila como se estivesse em um sono agradável,com sonhos felizes. 

Não contenho o sorriso com isso. A Maya é a única mulher no mundo que mesmo em coma ainda è delicadamente sensual,emana uma luz dourada e tem uma beleza capaz de levar o mais equilibrado dos homens a loucura. 

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