Capítulo 59

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Cap 59


Por Maya 

Estava dormindo tranquilamente quando senti uma pressão nos lábios. Não sei bem o que è mas senti alguma coisa mudando dentro de mim,como se meu corpo estivesse voltando a ganhar vida. 

Cada pedacinho de mim vai acendendo aos poucos. Primeiro os dedos dos pés,depois as pernas,a barriga,os braços e,depois de um enlouquecedor intervalo de tempo,consegui abrir os olhos. 

Fico confusa e assustada ao olhar em volta e perceber que estou num lugar desconhecido, bom,não totalmente desconhecido,acho que estou no hospital. 

Esse quarto è frio,é todo branco,sem vida e triste. Os aparelhos ligados a mim fazem um barulho muito chato,o soro pendurado no meu braço está me causando desconforto e essa máscara no meu rosto está incomodando.

Tento chamar por ajuda mas minha voz è tão fraca que eu mesma mal ouço e o quarto está vazio,sou a única aqui. 

Começo a ficar desesperada e sinto lágrimas ardendo nos meus olhos. Um medo estranho me domina,uma sensação de impotência e angústia. 

Vou ficando nervosa,meu coração dispara e começo a suar frio. Estou tendo uma crise de ansiedade e isso me deixa mais nervosa pois não sei onde estou,não sei porque estou aqui e não tenho ideia do que está acontecendo.

Meu choro è forte,intenso e sinto meu corpo todo doer enquanto soluço. Meu estômago fica embrulhado,meu coração está palpitando e estou suando frio.

Meu Deus,por que eu estou aqui? Por que ninguém aparece para me ajudar? Será que estou doente? Será que eu vou morrer?. 

Em meio às dúvidas cruéis e desesperadoras, o aparelho ao lado da minha cama começa a apitar de uma forma diferente,mais rápido e mais frequente. 

Ouço a porta abrindo e uma moça de meia idade,cabelos pretos e olhos castanhos se aproxima correndo. Vejo ela se assustar ao me ver. 

Enfermeira : senhorita Campbell,consegue me ouvir? - ela pergunta enquanto mexe em uma gaveta de um móvel e me deixa confusa. Por que eu não conseguiria?

Maya : e-eu… - tento responder mas minha voz não sai,parece que tem uma corda com espinhos na minha garganta. 

Mais lágrimas jorram dos meus olhos e meu desespero só aumenta. Por que eu não posso falar? Por que meu corpo todo dói? O que está acontecendo comigo?.

Enfermeira : eu vou te dar um calmante e logo você vai se sentir melhor - ela declara com o tom de voz gentil e se aproxima de mim com uma seringa na mão.

Me encolho ao ver o tamanho da agulha e uma nova onda de medo me invade. Quem é essa mulher e por que ela quer me dar um calmante? Será que estou num manicômio ou algo assim?.

Enfermeira : não precisa ficar assustada,eu sei o que estou fazendo - ela me assegura e coloca a seringa em um dos fios que estão no meu corpo.

Maya : q-q-quem… - tento perguntar quem é ela mas minha voz novamente me trai. Por sorte,ela entende o que quero dizer.

Enfermeira : sou a enfermeira Irina. Estou cuidando de você hoje - ela explica com a voz terna. 

Olho novamente para os lados e procuro por alguma coisa que possa mostrar onde estou, se é num hospital,num manicômio ou em um lugar estranho com uma louca que tem uma agulha gigante,mas não encontro nada. 

Rainha dos diamantes Where stories live. Discover now