• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1

170° capítulo

Henrique.

Achamos uma nova pista..

Mas não podíamos sair de casa por que era algo suspeito.

Minha mãe, uma brilhante mãe, teve a brilhante ideia de chamar Caio pra cá.

Tudo bem... Mas ele não viria sozinho.

- oi Henrique, eu sinto muito pelo que está acontecendo. - era Letícia e me deu um abraço mas não abracei de volta. - tá tudo bem? Está com uma cara péssima. - ela tocou meu rosto e sinceramente, se não fosse seu pai e minha mãe ali, teria empurrado... Mesmo que isso seja uma agressão.

Mas também estava exausto e ela só estava dando apoio.

- tenta descansar um pouco, estamos aqui e qualquer coisa a gente te chama. - a olhei, ela pensa que manda em mim?

- é meu filho, escuta a Letícia, sobe.. toma um banho... Dorme um pouco. - minha mãe fez carinho nas minhas costas e eu não sabia oque dizer.

- se serve de consolo, estamos todos aqui pra Maria. - sorri para o Caio.

Mas eu fui, por vários motivos óbvieis.

Não queria brigar com Letícia e nem entrar em conversa de gravidez, já me deu muita incomodação e sei que ficarei com raiva se ela vir falar que quer abortar ou me jogar a culpa toda sendo que não tenho nada a ver com isso.

Foda-se Letícia, a vida é tua e nem ligo, só acho que sempre fez escolhas erradas, só isso.

Mas eu tomei o meu banho ficando preocupado de mais. Eu estava com olheiras... A barba nem foi feita e eu realmente precisava de um banho, agora mais ainda por sentir o perfume de Letícia e não de Maria, que está no fim de tanto que já borrifei pelo quarto inteiro.

No banho orei, chorei, me desesperei por que enquanto eu estava aqui "descansando" Maria poderia estar em apuros em algum lugar do Rio. Ela poderia estar com fome... Com frio...

Odeio vê-la com frio! Eu odeio... Com medo.

E oque ela disse não saía da minha cabeça, em relação a... Ir presa? Foi oque ela disse.

Mas oque eles fizeram? Eu preciso acha-la! Eu preciso saber oque tá acontecendo!

Meu deus!

Maria!

Poxa ela tinha uma irmã gêmea... Ela tinha uma irmã... Comecei a chorar e dar socos na parede até ouvir uma voz.

- Henrique. - ah só podia ser piada.

- Letícia esse é o meu espaço... Meu e da Maria. - desliguei o chuveiro mas não queria sair até ela sair do quarto.

- eu sei... Só vim ver como está.

- eu pareço estar bem?! - gritei. - a única coisa mais preciosa na minha vida tá desaparecida, quer que eu me sinta como?!

Ok... Me senti mais péssimo assim por ter gritado.

- me desculpa. - digo, levando a mão ao rosto.

- não se preocupe... Só... Vou te esperar lá em baixo... Caso não consiga dormir... Vou fazer um café. - respirei fundo e ouvi seus passos saindo do quarto.

Logo depois a porta foi fechada.

Agradeci por ter um box de vidro mas que não era transparente e nem dava pra ver. Escolha da minha Maria... Minha Maria.

Maria cadê você... Por favor.

Quando sai do box, após muito tempo em pé pensando, fiz a barba, lavei o rosto novamente e as olheiras pareciam maiores.