124° capítulo

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Henrique.

Assim que deixei Maria na escola fui encontrar com a minha mãe no hospital. Hoje Pedro e Beatriz viriam pra casa, graças a Deus.

- deu, a gente tá com presa. - digo firme ao pai deles, estava ali andando e bem, não sei qual a necessidade de estar no hospital ainda.

- posso pelo menos saber o seu endereço pra mandar alguma coisa pra eles? - a voz poderia tá boa mas ainda sim ele era um filho da mãe.

- não, não precisa por que não vai faltar nada pra eles. - digo e após isso ele só dá um olhar triste.

Não vou cair nisso novamente.

- olha Ricardo.. - lá foi a minha mãe, tocou nele. - eles vão ficar bem, qualquer coisa me liga. - disse ela dando carinho? Carinho!

- tá vamo? - eu já estava puto.

E depois de tanto mimi de um pai falso como ele, minha mãe começou a empurrar Pedro na sua cadeira de rodas, ele estava com a cara mais possível de tédio.

Pegamos Beatriz também no outro quarto e eu empurrei ela na cadeira de rodas.

Seria um trabalho enorme cuidar dos dois e dar atenção pra Maria que começou a escola agora e que tem muita tarefa, tanto como as matérias da escola quanto a perna com a tala, a ida ao Dr Mário e ao nosso namoro.

E pra não deixá-la de lado, até por que eu não queria isso de novo como já aconteceu antes, Cida passou um contato de uma enfermeira, era uma mulher que trabalhava numa casa de idoso e como estava afastada de lá por causa do vírus, viria ficar aqui.

Não morando ou dormindo, mas ela viria e iria embora só pra dormir.

Foi bem difícil levar eles pra sala de tv, que agora é o quarto deles, mas conseguimos.

De cara Pedro mencionou Maria e a "saudade" que sentia dela.

Com ele desse jeito Maria vai querer ficar por perto, oque pode dar em alguma coisa. Não dá parte dela mas dá parte dele.

- tu cuida bem essas tuas mãos boa, por que quebro se tu se passar com a Maria. - digo ajeitando o travesseiro em baixo da perna dele.

- sou homem.

- e daí? Eu também sou e não faço oque tu faz.

- eu duvido que não se aproveita toda vez que ela quer. - cheguei mais perto.

- não cara, eu não faço isso. Segura bem a tua onda que eu te mando de volta pro hospital. - arrumei o cobertor com força nele. - se quer ver ela vindo aqui fica na tua. - digo bravo.

- tu é muito estressadinho, ela é livre pra ver quem ela quiser. - voltei.

- é, mais se eu quiser proibir ela de te ver eu proíbo. - ele revirou os olhos.

- tá Henrique tchau, você tá proibindo ela de crescer. - encarei ele. Oque tem haver não deixar Maria ser abusada com proibi-la de crescer?

- repete. - meu punho até fechou. Foda-se se era o meu irmão.

- aff chega, eu tô morrendo de dor de cabeça. - disse Beatriz mas eu ainda tinha os olhos nele. - Henrique vem me ajudar. - o encarei por alguns segundos. - Henrique! - me virei.

- oque? - fui até ela assim que ela tentou mexer a perna.

Coloquei um travesseiro embaixo da sua perna e ela agradeceu. O rosto ainda estava roxo e com marcas.

- Maria tá na escola né? - olhou triste e eu concordei.

- aham. - ajeitei o cobertor nela, Cida deu ordens pra deixar o ar condicionado ligado, oque no meu ponto de vista só traria mais problemas pra eles, como a gripe. - vou buscar ela daqui a pouco.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ