18° capítulo

6.6K 348 51
                                    

Henrique

- então senhor Maciel. Nos conte exatamente como a menina foi parar lá. - estávamos no quarto onde Maria estava.

Não era bem uma investigação, eles só queriam protegê-la e eu me recusava a sair do lado dela.

- bom. Ela é minha irmã, sou responsável por ela, não sei quem pode ter feito isso até por que Maria é uma adolescente. - eu me sentia injusto colocando a culpa na Maria mas sei que seria pior se eu falasse toda a verdade.

- e ela namora? - neguei fraco.

- não. - realmente qualquer palavrinha minha errada e já era.

- ok. - e ele anotou algo.

- por favor, só vamos esquecer isso, eu conheço a minha irmã, ela vai querer que isso não seja lembrado. Ficar interrogando ela só vai piorar tudo. - ele ficou em silêncio.

- então eu irei falar com os responsáveis dela, pai e mãe. - uma onda de calor percorreu todo o meu corpo nesse momento.

- é que.. não temos mais ninguém. - o policial me encarou e depois de alguns segundos ele assentiu.

- entendo. Mas mesmo assim, preciso investigar e conversar com ela quando acordar. - ele fez menção de que sairia então eu apenas concordei querendo que ele iria embora logo.

E ele logo saiu do quarto.

Maria já estava limpa, sem nenhum vestígio de sangue. Sua pele estava pálida e meio avermelhada em certas partes do corpo por causa do sangue que ficou seco ali.

- me desculpa meu amor. - digo calmamente fazendo carinho em Maria. Sua pele estava macia e bem gelada. - eu nunca iria te abandonar por você estar grávida, você seria uma ótima mãe.. eu te amo e eu ia cuidar de vocês.

Como eu queria que ela falasse, mas estava desacordada, parecia até estar em coma.

Agora a única coisa que me preocupa é o pai da Maria.

|No outro dia 13h|

Acabo de sair do serviço e sigo pra casa. Era Maria quem sempre limpava porém se ela pedisse eu limparia mas a casa estava um caos e eu senti falta de chegar e ver tudo limpinho, dar um beijo nela e irmos pro quarto ver um filme animado.

Bufo, exausto por tudo que tá acontecendo. Não sei se eu vou aguentar se algo acontecer.

Começo a arrumar a casa e lavo as roupas da Maria que ela usava naquele dia, depois arrumo as coisinhas dela que eu mesmo baguncei fazendo uma pequena mala pra quando ela acordar. Depois disso peço comida mas mau consigo engolir, a confusão e o medo tomam conta de mim. Pô, ela é tudo que eu tenho.

Subo ao quarto tendo uma ideia, talvez um banho gelado acalme o meu corpo trêmulo e quente. Fico por pelo menos 1h de baixo da água gelada, não passo sabonete nem nada, por mais que eu precisasse, só que o relaxamento dos meus músculos me fizeram ficar calmo e eu insisti daquela boa sensação.

Depois do banho eu estava leve e exausto, me deito na cama e o meu celular começa a tocar, corro pro mesmo, pensando ser uma notícia boa, pensando ser a voz da Maria mas não.

Era o pai dela.

Atendo o celular.

Ligação on:

- alô? - tremo.

- não tem responsabilidade né? - disse ele, frio e sarcástico. Não tinha nenhum pingo de preocupação na sua voz.

- eu tenho! - falei inseguro.

- tem? - riu. - se Maria abortou é por que pra ela você é um merda. - meus olhos se encheram de lágrimas, porém eram de raiva. - viu o que fez? Engravidou e ela nem teve a ideia de ter um filho seu, por que você é um merda!

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Where stories live. Discover now