179° capítulo

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Henrique.

- Henrique olha pra mim... Segue a luz com os olhos. - eu estava engasgando com o próprio sangue enquanto aquela maca ia com tanta velocidade em um ambiente branco.

- ma... - comecei a tossir sangue. - ma... Ria. - entramos em uma sala com várias médicos.

- no três. - disse alguém. - um, dois, três! - fui colocado em outra maca.

- batimentos cardíacos em 192..

- oque fizeram no local? Por que isso ta desse jeito? - era a voz de Cida mas eu estava sufocando, nem se quer olhava pra nada e só pensava na Maria.

- a ambulância demorou a chegar, segundo os familiares eles tentaram conter o sangue. Tem uma menina cheia de sangue na sala de espera, Maria Clara, a namorada dele. - Maria...

- Cida, ele vai ter uma parada cardíaca. - vi o rosto de Cida borrado.

- não vai, só não falem esse nome aqui. - Cida colocou algo no meu rosto, uma máscara de oxigênio mas aquele vapor me fez dormir.

Maria Clara.

- tipo... A gente transou... - ri colocando a mão na boca. - quase todas as noites e ele sempre gozava na minha boca... Maria isso é muito bom! - me sacudiu.

- é mesmo, viu, te falei que.. - tia Cris gritou.

- que isso? - perguntou Becca e olhei de cima do parquinho pra dentro de casa.

Daddy ganhou um soco de Endriw mas logo depois quem estava caído no chão era ele e daddy estava sobre o mesmo.

- daddy! - desci pelo escorregar de presa e Becca veio logo atrás. - daddy para! - ele dava socos até...

Mesmo eu ter desviado, daddy se colocou na minha frente. Ele nem viu pra que lado eu fui mas acertou.

Endriw estava armado.

Daddy caiu no mesmo momento no chão e Caio e Pedrinho seguraram Endriw.

Ouvia vozes e alguém me tocando mas tudo passava em câmera lenta. Chorei automaticamente enquanto daddy tinha a cabeça nas minhas pernas. Nem se quer ouvi o som do tiro..

Seu abdômen sangrava tanto que não achava possível alguém ter tanto sangue assim. Saía até pela sua boca.

Ele me olhou até tocar no meu rosto.

Foi quando a câmera lenta passou.

- filho da puta, onde tá com a cabeça?! Como que você tem uma arma Endriw?! - Caio gritava.

- meu filho! Meu filho! - tia Cris se abaixou.

- eu tô chamando a ambulância mas eles não atendem! - disse Beatriz do outro lado do balcão.

Letícia não fazia nada além de olhar pra todos os lados.

- Maria.. Maria oque eu faço? - Becca estava desesperada mas não respondi.

- daddy... - comecei a chorar olhando pra ele. - não me deixa... Não deixa eu por favor.. - dei carinho em seu rosto até encostar minha testa na dele. - sei que te deixei preocupado por dias mas não me deixa... Eu nunca mais vou fazer aquilo... Promete que vai aguentar. - daddy me tocou e sinceramente não esperava, ele estava tão mole e aparentemente fraco.

- eu... Não.. não vou. - tia Cris o tocou.

- chama uma ambulância Beatriz! - gritou.

- eu tô tentando!

- é pra chamar a polícia pra esse louco! - gritou Pedro mas nem olhava oque acontecia ao meu redor.

Daddy tinha os olhos cravados aos meus.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora