Capítulo 43

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— Capítulo 43 —


 As cartas de Harry e Draco chegaram coincidentemente juntas na manhã do dia seguinte, enquanto Albus e Scorpius tomavam café-da-manhã. Ao ver sua coruja pousar na mesa, Scorpius quase caiu para trás, o rosto da cor rubi; ao mesmo tempo em que Albus se esticava-se para recolher a carta do seu pai de sua própria coruja.


Querido Albus

Agradeço por ter respondido e confesso que era algo que eu não estava esperando. Darei o tempo que precisar para pensar.

Com amor, papai


Realmente, precisaria de tempo, e Harry lhe dar essa liberdade o deixava menos pressionado. Quando deixou a carta de lado, apoiando-se na mesa para pensar sobre o assunto, notou que Scorpius não havia sequer aberto a carta de seu pai. A coruja, confusa, insistia em empurrar a carta na direção do rapaz, mas ele parecia hesitante em pegar, seu rosto vermelho ficando agora verde.

Divertido, Albus fez contato visual com Scorpius.

— Vamos, não deve ter nada demais. Quer que eu leia para você?

A mão de Scorpius voou à carta, e ele a apanhou em milésimos de segundos. Não deu resposta a Albus, mas o rapaz soube que não precisava.

Quando terminou de ler, Scorpius deixou escapar um suspiro de alívio, embora seu rosto ainda tivesse insistido em continuar naqueles tons de vermelho. O rapaz abriu um sorriso, e Albus se inclinou em sua direção, convencido de que saberia da resposta. Scorpius percebeu, então apenas sussurrou alguma coisa sobre ser exatamente sobre o que ele havia comentado, e Albus continuou com a sua refeição, feliz com a resposta.

De repente, alguém sentou-se ao lado de Scorpius, que deixou a carta quase cair em cima da pilha de tortinhas de abóbora em sua frente, mas apanhou-a e enfiou-a dentro do bolso da calça antes que alguém pudesse sequer perceber que havia uma carta voadora pela mesa da Sonserina.

— Oi, Louis. — cumprimentou Albus, quando Louis enrugou a testa para Scorpius.

— Oi. — ele cumprimentou, esticando o braço para acariciar as penas das corujas. — A festa de Slughorn não foi tão ruim. Emily e Olivia estavam lá, e também uns convidados especiais como Luna Scamander, uma das magizoologistas mais famosas do mundo Bruxo. Ela é divertida e a gente ficou um tempão conversando sobre Bufadores de Chifre Enrugado. Ela disse que anda procurando até hoje mas ainda não encontrou.

— É, deve ter sido. — disse Scorpius, com olhares perdidos, sua mente vagando na festa de Slughorn e nos Bufadores de Chifre Enrugado.

— Ele vai fazer outras festas — avisou Louis, já sabendo o que Scorpius estava pensando. —, vai ter uma no Natal, eu acho. Ele sempre faz festas no Natal.

Em meados de outubro houve o primeiro jogo de Quadribol, mas Albus não estava prestando tanta a sua atenção em como os jogadores se deslocavam no ar, porque seus olhos estavam presos em Polly Chapman na arquibancada ao lado. Estava começando a tremer e sentia a fera em sua barriga se agitar. Odiava Chapman, e odiava o que ela estava fazendo, mas por outro lado ficava despreocupado quando via que Scorpius estava pouco se importando com ela.

Scorpius passou o jogo inteiro sem olhar para ela. Às vezes encarava Albus e se sentia mil vezes mais incentivado a continuar. Lhe agradava ver que Albus poderia fazer qualquer coisa por ele, tanto que estava presenciando mais uma partida de um esporte que ele nem ao menos gostava. E não só isso, como também havia permitido os colegas da Sonserina pintarem seu rosto com tintas da cor verde, o que, na visão de Scorpius, deixava Albus engraçado e mais lindo do que já era.

Love, AlbusWhere stories live. Discover now