Capítulo 14

2.3K 278 645
                                    


 





— Capítulo 14 —



Aquela foi a melhor visita que Albus já teve em Hogsmeade. Não soube o qual foi a melhor parte; se foi quando Scorpius o puxou da cama e o levou segurando em sua mão, se foi quando Scorpius nem olhou para Rose quando eles passaram por ela, ou se foi quando Scorpius o levou ao Três Vassouras, porque Albus finalmente poderia aproveitar seu amigo da forma certa, não na Dedosdemel, mas sem Rose no lugar que ele mais queria ir.

Mas de qualquer forma era muito cruciante ver Scorpius sorrindo, e não poder falar nada para ele sobre Rose estar o usando, porque apesar de Scorpius, no tempo em que passou com Albus, ter esquecido dela por pelo menos um dia, ele ainda era apaixonado pela garota, e Albus não podia falar nada se não seu segredo vazaria para seu pai, o que seria horrível.

Isso o torturava de tantas formas que ele passou o resto do ano letivo inteiro pensando nisso. Porque Rose não parou de dar em cima do Scorpius, e o garoto obviamente continuou acreditando que ela estava afim dele, o que não ra verdade em nenhum dos aspectos.

Sim, era bom ver o quão próximo ele e Scorpius estavam ficando porque, mesmo no calor, Scorpius insistia em andar bem próximo dele, o que eles apenas se permitiam, sem intenção alguma, no frio. Mas era ao mesmo tempo muito difícil ficar quieto perante os sorrisos que Scorpius dava a Rose.

Ele precisava contar. De qualquer jeito.

Mas ele não podia, não agora, porque naquele momento ele estava em sua casa, com dois dias para acabar as férias de verão, deitado em sua cama e gritando contra o travesseiro para descontar toda a frustração que sentia. Estivera pensando naquilo o dia inteiro, pelo menos até ele receber uma carta de Scorpius dizendo que o garoto estava com muita saudades de Albus, e que ele mal podia acreditar que em menos de uma semana ele estaria vendo o amigo de novo.

Rose nem ao menos estava interessada por Scorpius! Era Albus quem estava, e aquilo que a garota estava fazendo era apenas para despedaçar o coração do menino, e despedaçar o de Albus também. Ela era horrível, cruel, sem coração, fria, e...

Albus ergueu a cabeça do travesseiro ao ouvir um barulho. Fungando baixinho, ele se calou para ouvir a voz no andar debaixo dele. Era a voz de seu pai, que parecia conversar com um homem mais velho. Quem era? Albus não fazia ideia, o que despertou a sua curiosidade.

Arrastando o cobertor ao lado e se levantando da cama enquanto secava os olhos, Albus abriu a porta de seu quarto sem fazer barulho, e o diálogo entre os dois homens ficou mais claro:

— ... Amos, eu entendo, realmente entendo... Mas acabo de chegar em casa e...

— Tentei marcar hora no Ministério. — disse o tal de Amos. — Eles dizem: "Ah, sr. Diggory, temos uma hora para o senhor, vejamos, daqui a dois meses". Eu espero. Com muita paciência.

— ... e chegar em minha casa no meio da noite... quando meus filhos estão se preparando para o novo ano na escola... isso não está certo.

— Dois meses se passam e recebo uma coruja, "Sr. Diggory, lamento profundamente, mas o sr. Potter foi chamado para resolver assuntos urgentes, teremos de alterar as coisas um pouquinho, o senhor está disponível para uma reunião, digamos, em dois meses?". Depois isso se repete, repete... Você está me evitando.

Love, AlbusWhere stories live. Discover now