Capítulo 06

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— Capítulo 06 —




Por vontade de Albus, ele e Rose fizeram um teatrinho de que se davam bem para que seus pais acreditassem que eles, além de primos, fossem grandes amigos.

A verdade é que Rose queria, sim, conversar com Albus, mas conversar sobre o erro do Chapéu Seletor em botá-lo na Sonserina. Ela não entendia e nem queria entender que Sonserina era a Casa certa — a Casa que combinava com ele; a casa dele; o seu lar.

Se despediu de Lily, sua mãe, seu tio Ron, a sua tia Hermione e, de mal gosto, seu pai, antes de entrar no trem depois de James. Ao fazê-lo, no entanto, ao lado de sua prima, que falava alguma coisa sobre não ter visto em nenhum lugar alguém que havia trocado de Casa, Albus parou no lugar ao ouvir...

— Albus! — chamou alguém, e quando o citado se virou, reconhecendo a inconfundível voz de seu melhor amigo, ele sorriu. Scorpius quase tropeçou nos próprios pés de modo que pudesse chegar mais rápido. — Ah, olá, Rose!

Ele acenou freneticamente à garota, que apenas revirou os olhos, disse "Tchau, Albus", e se trancou num vagão com seus amigos.

— O que eu fiz de errado dessa vez? — Scorpius suspirou, torcendo o nariz.

— Você não fez nada. — Albus sorriu ao rever o amigo e segurou no braço dele, o levando para alguma cabine vazia. — Ela apenas é chata demais para entender que você super legal.

Sorrindo com o elogio, mas continuando um pouco desapontado, Scorpius disse:

— Mas eu tinha conquistado ela antes das férias!

— Ela deve ter se esquecido que é apaixonada por você. — brincou Albus, mas Scorpius não percebeu o tom de ironia em sua voz.

Assim que as aulas voltaram à tona depois do feriado Natalino, as partidas de Quadribol também, e a diretora McGonagall teve de se certificar que, dessa vez, Albus e Scorpius iriam assistir, e assim eles fizeram, embora de mal gosto. A partida seria Lufa-Lufa contra Grifinória, já que as duas casas haviam ganhado da Corvinal e Sonserina nas partidas anteriores ainda naquele ano.

Se misturaram no aglomerado de gente da Sonserina, que torcia para a Lufa-Lufa à plenos pulmões, com cartazes amarelos e chamativos, e Scorpius, puxando Albus pelo pulso, parou ao lado de Craig sem perceber, o que foi uma sorte já que o garoto tinha uma boa relação com os dois.

— Para quem está torcendo, Craig? — perguntou Scorpius quase gritando, já que todos ao redor gritavam.

— Lufa-Lufa. — respondeu. — Não gosto muito do pessoal da Grifinória — então olhou para Albus, num olhar que continha traços de um leve perdão. —, sem ofensas com sua família, claro.

Albus riu baixinho, sacudindo os ombros e sorrindo de lado.

— Eu e Scorpius odiamos Quadribol — comentou ele. —, mas se eu tivesse de escolher entre torcer para a Grifinória ou torcer para a Lufa-Lufa, eu com certeza escolheria a Lufa-Lufa.

Craig ergueu as sobrancelhas, impressionado, seus olhos mirando o campo onde jogadores montavam em suas vassouras, movidos pelas ordens de Madame Hooch.

— Pensei que estivesse torcendo pelo seu irmão. — riu-se Craig.

Scorpius e Albus se entreolharam cúmplices, e assim, ao som do apito alto de Madame Hooch, quatorze jogadores ergueram-se ao ar, e o jogo começou.

Love, AlbusWhere stories live. Discover now