Capítulo 10

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— Capítulo 10 —



Albus teve ótimas férias quando voltou para sua casa no fim do ano.

Por um motivo que ele não sabia, mas agradecia, James parou com suas gracinhas. Não chamou-o de sonso da Sonserina, nem de amiguinho do filho de Voldemort e nem de viado. O que o fez parar, Albus ao certo não fazia idéia, mas aquilo o alegrou e melhorou muito a sua autoestima conforme os dias passavam.

Contou para sua mãe e Lily sobre o baile. Teve de se controlar emocionalmente ao dizer sobre Rose e sua estranha atitude de aceitar o convite de Scorpius — o que quase fez Lily explodir ao ficar sabendo —, mas também disse animado que ele e Scorpius tinham dançado aquela noite.

Seu pai não fazia idéia disso — Albus duvidava que ele realmente soubesse que existisse um baile na escola por sua causa —, mas Albus não ousava contar ao seu pai que havia dançado com Scorpius. Seu pai já não levava muito bem o fato de que eles eram amigos, imagina se soubesse que eles haviam dançado juntos, e imagina se soubesse que Albus era apaixonado pelo amigo!

Seria um sufoco.

Mas o que o deixou bastante solitário naquelas férias foi que ele não recebeu carta alguma de Scorpius. Tinha medo de que alguma coisa tivesse lhe acontecido. Tinha medo de que talvez seu pai tivesse o proibido de lhe escrever, ou que ele não estivesse passando bem. Além disso, Albus ficava horas em frente de seu pergaminho, com uma pena em mãos, sem saber o que escrever a Scorpius — era sempre o amigo quem puxava o assunto, afinal.

Não via a hora para poder encontrar Scorpius. E isso aconteceu no dia primeiro de Setembro, quando foram à Plataforma 9¾.

O amigo não estava lá, ele não conseguia nem saber onde Draco estava. Será que estavam bem?

Estava prestes a entrar no Expresso de Hogwarts, procurando por ele, quando Harry o puxou pelo ombro, de modo que pudessem ficar cara a cara. Albus teve de suspirar ao ver o pai, porque ele sempre tentava, de algum jeito, incentivar Albus a animar-se com a idéia de voltar à Hogwarts.

— Não conversamos desde que atravessamos a barreira, Al. — ele disse sério. — Vem, o trem vai demorar para sair.

Ficou de saco cheio quando seu pai o levou a algum lugar, tirando-o da fila de estudantes, que embarcavam. Harry entregou-lhe um papel.

— Terceiro ano. — suspirou o bruxo. — Grande ano. Essa é sua permissão para ir a Hogsmeade. Você quase vai embora sem ela.

— Odeio Hogsmeade. — afirmou Albus sem cerimônia, olhando para o pai como se dissesse que ele conseguia se virar sozinho.

— Como pode odiar um lugar que nunca visitou? — insistiu seu pai, sorrindo caridoso e afagando seus ombros, mas Albus não sentiu nada além de desconforto.

— Porque eu sei que estará cheio de estudantes de Hogwarts.

Nisso, o papel na mão de Albus ficou ligeiramente amassado, e Harry o olhou com reprovação.

— Só se dê uma chance, vamos lá. É a sua oportunidade de enlouquecer na Dedosdemel sem sua mãe saber.

Mas Albus nem estava ouvindo, pois apontava sua própria varinha para a autorização amassada.

Love, AlbusOù les histoires vivent. Découvrez maintenant