Capítulo 16

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— Capítulo 16 —


Era a primeira vez dos dois em St. Oswald para Bruxos e Idosos, e seria maravilhoso de se ver se não fosse pelo fato de que Albus e Scorpius chegaram ofegantes e encharcados. Os biombos voavam para o lado oposto da sala de entrada e agulhas de tricô tricotavam sozinhas. Albus e Scorpius entraram encantados, olhando ao redor e pedindo licença para conversar, mas ninguém parecia ouvi-los.

— Este lugar parece selvagem. — Scorpius assentia a cada palavra dita

Tudo ficou em um silêncio um tanto impertinente, no que Albus e Scorpius aproveitaram para se entreolhar de testas franzidas. Só estava no começo e eles ainda nem tinham encontrado Amos.

Albus?

Os dois garotos se viraram tão rápido que foi capaz de tirar uma boa quantidade de água da roupa deles, e então eles viram Delphi chegando perto.

— Albus! Você veio? Que ótimo! Venha, vamos até Amos!

Mas Amos não pareceu muito feliz com a visita, e muito menos com a idéia de Albus e Scorpius, tanto que olhava para os dois garotos irritado, Delphi dividindo seu olhar entre os três.

— Deixe-me ver se entendi. — disse o idoso. — Você ouviu uma conversa, uma que não deveria ter ouvido, e decide, sem pedir e na verdade sem ter licença, interferir, e muito, na vida de outra pessoa.

— Meu pai mentiu para o senhor, eu sei que sim. Eles têm um Vira-Tempo.

— Claro que têm. Podem ir agora. — e foi nesse tom de impaciência que ele quis encerrar a conversa, mas Albus não ficou calado.

— O quê? — exclamou ele. — Não. Viemos ajudar.

— Ajudar? Que utilidade um par de adolescentes pode ter para mim?

— Meu pai provou que não é necessário ser adulto para mudar o mundo mágico.

— Então — Amos interrompeu Albus. — seu pai deveria permitir que você se envolva só porque é um Potter? Devo confiar somente em seu sobrenome famoso, é isso?

— Não! — odiava quando diziam isso.

— Um Potter que foi para a Sonserina, sim, eu li sobre você, e que traz um Malfoy junto para me visitar. Um Malfoy que pode ser um Voldemort. Quem poderia dizer que ele não está envolvido com a magia das trevas?

Albus fez menção de se aproximar, raivoso, mas Scorpius o conteu quando segurou em seu braço.

— Sua informação foi óbvia — continuou Amos. —, e a confirmação é útil. Seu pai mentiu sim. Agora vá. Os dois. E parem de desperdiçar meu tempo.

— Não — Albus assumiu uma repentina postura de autoridade. —, precisa me ouvir. Você mesmo disse que existe muito sangue derramado pelo meu pai. Deixe-me ajudar a mudar isso. A corrigir um dos seus erros. Acredite em mim.

— Não me ouviu, garoto? — Amos ergueu a voz. — Não vejo motivo para acreditar em você. Então vá, agora, antes que eu o faça sair.

Mas quando Amos ergueu sua própria varinha, Albus a olhou derrotado. Não tinha jeito. Amos havia vencido.

— Vamos. — disse Scorpius a Albus. — Se tem uma coisa em que somos bons, é saber quando não somos bem-vindos.

Hesitou um pouco para sair do lugar, mas quando Scorpius o puxou pelo braço, ele se virou e começou a andar. Até que eles escutam a voz de Delphi falando com Amos:

Love, AlbusWhere stories live. Discover now