Capítulo 47

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— Capítulo 47 —


 Todo ano em Hogwarts eram encomendadas doze árvores de Natal que decoravam o Salão Principal. O ar gélido vinha com o clima natalino, e a cada cinco metros havia pelo menos um visgo que pendia no teto e nos corredores. Velas encantadas cintilavam por dentro das armaduras. Era dia vinte de dezembro quando Rose descia a escadaria de mármore para o Saguão de Entrada. Sua mão apertava forte o corrimão enfeitado de guirlandas de azevinho e franjas metálicas, e estava mais do que óbvio que, se Rose pudesse, ela colaria sua mão no corredor e faria isso de desculpa para não comparecer à festa de Slughorn.

Scorpius estava a esperando no pé da escada, olhando para ela ansioso e aflito. Mas Rose o fitava lá de cima com um olhar que ele soube muito bem que era "tem certeza que eu tenho que ir aí?". Porém, com o gesto que Scorpius fez, ela bufou e desceu o resto da escadaria com passos pesados, soando duas vezes mais bruta com o contraste delicado do seu vestido de seda da cor azul escuro. Pelo que tudo indicava, ela poderia matar todos aqueles que olhavam para ela e Scorpius.

— Estou ridícula. — ela disse ao parar em frente ao rapaz, as palavras doendo para sair. Ela olhou para o próprio corpo e ajeitou a barra do vestido.

— Não está... ridícula. — ele respondeu, não sabendo outra forma de discordar com ela. Rose olhou para um garoto da Sonserina que estava nas portas do Salão Principal severa, e ele parou de encará-la. — Albus já está na sala de Slughorn.

— Ele odeia festas, confesso que achava que ele viria até mesmo depois de mim.

Scorpius fez uma cara estranha, como se estivesse com alguma coisa presa na garganta. Com a voz embargada, ele murmurou:

— É que ele vai com Jody Vanity, que é muito apressado.

Rose deu risada, como se toda sua insatisfação tivesse sido levada pelo vento. Scorpius olhou para ela sem saber o motivo do riso, e ela se justificou:

— Você está morrendo de ciúmes, não está?

— Não — ele respondeu depressa. —, eu só não entendo porque ele levou justo Jody. Eu sei que estava todo o mundo ansioso para ir, mas... Jody não é nem ao menos bonito.

— Ele é bonito, sim. Aqueles olhos dele são tão claros e cativantes...

— Meus olhos são claros também. — ele apontou para o próprio olho desesperado. — Jody que é ridículo. — gemeu baixinho, sem acreditar que estava muito na cara que, sim, ele estava se contorcendo de ciúmes.

— Muito bem, então, sr. Enciumado, vamos atrás do seu homem.

Segurando tão forte em seu pulso como se eles fossem fazer uma aparatação coletiva, Rose o guiou para fora do Saguão de Entrada. A cada passo que davam na direção da sala de Slughorn, eles ouviam o burburinho da música e das conversas aumentando.

Quando chegaram na sala, Scorpius cambaleou atordoado, esticando a cabeça para cima. A sala estava muito maior do que de costume. Haviam panos esmeralda, carmim e dourado que Scorpius pensou por um momento se estava dentro de uma tenda. Haviam bastante pessoas, deixando a sala abafada, e quando ele e Rose adentraram, ambos foram cobertos por uma intensa luz cor-de-rubi. Elfos seguravam travessas de comida e caminhavam pela imensidão da sala, e um deles até ofereceu um Pudim de Natal Flamejante para Scorpius, que aceitou e começou a encarar e cheirar profundamente.

Love, AlbusOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz