Capítulo 22

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— Capítulo 22 —


Albus quase caiu para trás quando eles saíram do dormitório masculino e deram de cara com Craig, que os observava curioso.

— Onde estão indo?

Mas quando Scorpius tomou fôlego para responder, apalpando a região das vestes que abrigava o Vira-Tempo, Albus colocou a pŕopria mão sobre a boca do amigo, que entendeu o sinal embora não soubesse a finalidade. Albus olhou ao redor, incomodado com a quantidade de gente — que era o motivo por barrar a resposta de Scorpius — e se inclinou na direção de Craig, que se curvou a ele também.

— Vamos destruir o Vira-Tempo. Ele já tem causado problemas demais, e queremos acabar com isso o mais rápido possível.

— Agora? — perguntou Craig. — Já está tarde.

— Sabemos. Mas quanto mais tarde melhor. Não vai ter muita gente. Só serão eu e Scorpius, a gente volta aqui imediatamente. São e salvos, e com um Vira-Tempo destruído.

— Legal. Espero por vocês então.

— Voltamos em menos de dez minutos.

Em disparada, Albus e Scorpius se desembestaram para fora da comunal. Aquele era normalmente o horário de recolher, então corriam no fluxo contrário à maioria dos outros e, se fossem rápidos, poderiam chegar sem ninguém desconfiar.

— Onde vamos? — ofegou Scorpius, que era puxado com firmeza pelas mãos de Albus, que desviava de todos no seu caminho, e ignorava os chamados e insultos que as pessoas babacas ainda insistiam em dizer.

— Estava pensando no corujal. Normalmente a pessoas aqui só despacham as corujas com suas cartas de manhã, que é mais claro e seguro para as corujas voarem, então não deve ter ninguém.

Eles subiram depressa ao quarto andar, durante ao qual trombaram com alguns grifinórios — que incluia seu irmão, cuja boca gritou algumas coisas estúpidas sobre Albus ter esbarrado nele —, e corvinais.

O corredor do quarto andar estava deserto quando eles chegaram, então aproveitaram para subir até a Torre Oeste, lugar onde se situava o destino deles.

Albus se apoiou nos joelhos para recuperar o ar perdido enquanto Scorpius olhava ao redor, observando as lindas corujas que piavam para ele e tentando não se incomodar com o fedor da titica no chão.

— Acho que devíamos usar um simples Confrigo. — comentou Scorpius.

— Definitivamente não. Para uma coisa dessa, precisa ser um Expulso.

— Expulso? — exclamou Scorpius, se virando ao amigo. Uma coruja piou alto. — Lanço um Expulso e estaremos limpando pedaços de Vira-Tempo deste corujal por dias.

— Bombarda?

— E acordar todo mundo em Hogwarts? Talvez Estupefaça. Eles foram originalmente destruídos assim.

— Exatamente, já foi feito antes. Vamos fazer algo novo, divertido.

Albus estava brincando, não estava?

— Divertido? — riu-se Scorpius, sem acreditar. — Olha, muitos bruxos negligenciam a importância de se escolher o feitiço certo, mas isto realmente importa. Acho que é a parte mais subestimada da bruxaria moderna...

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