34. All I Wanna Do

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Leiam as notas no fim do capítulo, é bem importante

Quando acordo de manhã, me sinto renovada e um pouco cansada.

Estou cansada porque passei a noite inteira rolando pela cama, sem sono, porque não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido noite passada. Às vezes, parece que tudo foi um sonho, que não foi real, demorei bastante pra acreditar que beijei Rowan Mitchell.

Toda vez que me lembro daquele momento começo a sorrir para o nada, me sentindo até um pouco tola por estar tão feliz assim, pensando sem parar no que aconteceu. Nem um misero segundo de paz, ele está lá, ocupando todos os cantos da minha mente.

Eu me sinto renovada porque tem aquela parte que sabe que tudo foi real, vez ou outra sentia meus dedos tocarem meus lábios, o mesmo lugar onde a boca de Rowan me encostou. E depois fico meia hora, sorrindo.

E se não bastasse isso, logo de manhã, recebo uma mensagem de Rowan Mitchell. Ela é um pouco séria, falando que precisamos acertar os alguns detalhes da coreografia do Cold Demons. Vamos nos encontrar no laboratório de química e apesar de estar feliz que vou ter uma desculpa para vê-lo, estou um pouco chateada por ele não ter comentado nada sobre noite passada.

Durante o café da manhã, Oliver fica um longo tempo me encarando, meio abismado por tamanho bom humor. Margaret também está olhando. E o meu pai.

– O que foi? – pergunto tentando terminar de beber o meu iogurte.

Margaret desvia o olhar, meu pai pega o copo e começa a beber o seu suco numa rapidez impressionante.

– Você está bem arrumada – Oliver diz para mim, ainda com os olhos fixos no meu cabelo. – Tem algo de importante no colégio?

– Não – dou um meio sorriso. – Só acordei me sentindo um pouco mais animada para me produzir.

Será que estou exagerando?

Hoje resolvi usar uma saia salmão lisa mais solta, uma blusa branca básica de alças finas e por cima dela uma camisa fina transparente de bolinhas que se prende em um laço na frente, as mangas são compridas e soltas, terminam no meu pulso de forma firme. Hoje o meu cabelo não amanheceu como eu queria, então fiquei mais de trinta minutos fazendo duas tranças, uma de cada lado da lateral da cabeça, que se encontravam atrás em um laço rosa e grande.

– Está muito bonita, Lola – meu pai me olhando de forma suspeita. – Você... Tem certeza que não tem algo importante hoje?

– Não que eu me lembre – digo dando uma risada com sua preocupação.

– Nem alguém? – Margaret fala baixinho. – Como algum rapaz?

Eu nem consigo responder, por ficar envergonhada demais por ela ter adivinhado e porque me pai cuspiu todo o suco fora, tossindo sem parar. Margaret até precisou se levantar para ir ajudá-lo, principalmente com o paletó todo sujo.

– Acho que o seu pai não está preparado para essa conversa – Oliver comenta com um sorriso e tanto nos lábios, é impossível não retribuir.

– Estou de saída! – escuto a voz de Diane atravessando a sala.

– É Diane! – pego minha mochila na cadeira ao lado e pego vários guardanapos para limpar minha boca. – Até mais!

Dou um beijo na cabeça de Oliver, um no rosto do meu pai e aceno para Margaret assim que ela volta da cozinha com outros panos.

Assim que saio de casa, Diane está entrando em seu carro enquanto está lendo algo no celular. Apresso o passo até abrir a porta do motorista e entrar ao mesmo tempo que ela.

Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now