49. Epílogo

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Capítulo não está revisado pois: hoje foi corrido, MAS POSTEI MESMO ASSIM, O QUE IMPORTA É O CONTEÚDO NE

R O W A N     M I T C H E L L

A espera é insuportável.

Fico batendo o pé de forma insistente, querendo abrir um buraco bem ali. Olho para o lado, depois de três cadeiras na sala de espera da diretoria, está o desgraçado que eu meti o punho na fuça, cheio de curativos. Queria dizer que sinto pena ou arrependimento, mas não sinto absolutamente nada.

Foi mais do que merecido.

Sempre foi difícil manter as aparências dentro do time de futebol. Eu escutava cada merda, mas sempre fingia não escutar, me calava para poder pertencer àquele lugar. Era ruim manter as aparências, mas as vantagens pagavam o preço. Popularidade, reconhecimento, admiração e adoração.

Era sempre bem recebido para qualquer lugar que eu fosse, frequentava as melhores festas e até conheci pessoas legais. Tudo por um preço: de ficar calado e fazer o meu papel de jogador de futebol carismático.

Porém, tudo tem um limite.

E meu limite foi hoje. Eu estava reunindo com os caras do futebol nas arquibancadas, com aquele cheiro forte de maconha enquanto todo mundo aproveitava o intervalo para poder quebrar as regras do colégio.

Eles me arrastaram para lá, falaram que eu andava muito ausente nos últimos dias e eu fui, para fazer uma média entre os caros.

Até eu ouvir aquele babaca do Finn começar a bostejar sobre a Lola. Ela tinha chamado atenção na festa da Hope, quando houve aquela dança no meio de todas as outras, aqueles movimentos que enlouqueceria qualquer um.

Eu fiquei orgulhoso em poder ver ela se soltando, ser quem ela é, uma dançarina nata, uma garota maravilhosa que todos deveriam admirar.

Porém, a minha felicidade em vê-la tão linda no meio de todo mundo, durou pouco quando Finn voltou no assunto sobre a festa.

E começou a falar em como Lola estava gostosa. Em como ele iria encurralar ela. Em como meteria nela e sobre ela ser uma "gorda gostosa" que ele com certeza iria investir nela na próxima festa que se vissem.

Eu não aguentei.

Não mesmo.

Eu escutei tudo aquilo, ri como todo mundo. Eu me levantei, forçando a risada, até que todo mundo ficou em silêncio com a minha gargalhada exagerada e teatral de forma proposital. Peguei Finn pelo colarinho, ainda escutando aquele merda rindo e meti o punho na sua fuça.

Continuei acertando-o. O babaca teve sorte que conseguiu alguns arranhões em mim, mas não me vi satisfeito até ver aquele imbecil todo estraçalhado.

Lola iria me odiar agora. Ela não é fã de violência, sei disso. Mas aquele idiota, depois de tudo que disse dela, merecia apanhar até mais.

Finn está agora gemendo ao meu lado de dor enquanto nós dois esperamos nossos pais chegarem para podermos conversar com o diretor. Era só encarnar o papel de príncipe encantando que eu iria me livrar disso com facilidade.

– Meu Deus, Rowan – sou surpreendido quando minha mãe, Samantha, surge no meu campo de visão. – Você está bem?

– Não se preocupe, estou bem, mãe.

Nem temos tempo de conversar porque os pais de Finn chegam no mesmo tempo e o diretor, vendo a presença das duas famílias pela janela, nos convida a entrar na sala. Segundos depois, surge o treinador do time de futebol, fazendo a sua presença pesar ainda mais no ambiente.

Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now