10. Really Bad Boy

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Soube que fui a primeira do trio a chegar no St. Martin, Becca não respondeu as mensagens, provavelmente por estar dormindo, já que a última mensagem dela foi às três da manhã, e Tessa disse que se atrasaria porque o chuveiro tinha queimado.

Chego distraída e me direciono ao meu armário, abro, procurando o meu livro para a próxima aula: geografia. Ainda estou pensando sobre o que vou fazer com a coreografia para o nosso novo grupo de líderes de torcida e quando começaria as cobranças, eu até pensei em algumas coisas, já que noite anterior fiquei um bom tempo vendo vídeos de idols praticando dança.

Uma ideia ou outra, eu já tinha em mente.

E por falar em dança, eu estou empolgada para contar para as meninas sobre um estranho sonho que eu tive acordada. Foi surreal. Foi sobre Rowan, foi tão esquisito que com certeza será uma boa história para contar durante o almoço.

Assim que fecho a porta do meu armário eu dou de cara com o próprio:

Rowan Mitchell.

Eu solto um grito e me apoio ao armário para não cair no chão, minhas coisas não são salvas no processo. Coloco a mão no peito para tentar sentir se meu coração, verificar se os batimentos estão normais. Ele estava se escondendo atrás da porta do meu armário e eu sequer notei de tão distraída.

Pego minhas coisas no chão, impressionada por Rowan não ter me ajudado, como no primeiro dia de aula. Quando resolvo encara-lo, me arrependo amargamente de ter feito, recuo um passo de susto por ele estar me encarando com um mau humor horrível, igual em meus sonhos...

E talvez não tenha sido um devaneio, como pensei que fosse.

Foi tudo real.

The Leaders.

Rowan transformado em outra pessoa.

E ele ainda está me fuzilando, de braços cruzados e encostado nos armários como se fosse um vilão de história em quadrinhos.

– Bom dia? – pergunto sorridente, mas Rowan continua com a mesma carranca, sem mudar uma linha sequer.

– Bom dia, Lola Fontaine – ele fala meu nome inteiro e um arrepio percorre pela minha espinha – eu estava por perto e me lembrei daquela conversa que tivemos, se lembra?

Engulo em seco.

– Eu acho que... Sim?

– Sobre você ficar de boca fechada sobre mim.

– Eu não contei para ninguém sobre ter visto você lá, não se preocupe – afirmo para ele, como uma forma de fazê-lo parar de me olhar como se eu fosse uma ameaça.

– Ótimo e a segunda parte do nosso acordo?

Finjo estar interessada em enrolar um cacho loiro em meu dedo indicador e dou um sorriso gentil.

– Eu acho que eu me esqueci – respondo dando uma risada – acredita nisso?

– Sério? – Rowan dá uma gargalhada animada e eu rio junto, entretanto, do nada, ele volta a ficar rabugento – Eu falei para não voltar lá, nunca mais.

– Mas eu não voltei! – insisto.

– Você se matriculou para as aulas com a Cassandra – ele dispara e eu sinto um tijolo na minha garganta por ter sido desmascarada.

– Você... – gaguejo – Como sabe disso?

– Porque eu sou um stalker e eu estou te perseguindo, vigiando todos os seus passos enquanto você acha que está segura por ai – ele fala sério e eu fico com medo de ter o meu primeiro assassino em série na minha cola, por eu estar visivelmente afetada por conta das suas palavras, ele bufa e continua: – e foi muito difícil perguntar na recepção se havia alguma matrícula recente de alguma Lola com sotaque de fora.

Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now